1/3 da população de MT é atendida por profissionais do Mais Médicos
Atualmente, 230 médicos, sendo 190 cubanos, atuam no estado. Recentemente, foram abertas mais 130 vagas para o programa federal
Cerca de 33% da população mato-grossense é atendida por profissionais do programa Mais Médicos, do governo federal, segundo o coordenador do programa em Mato Grosso, Reynaldo Mota. Atualmente, são 230 médicos atuando por meio do programa e, no início deste ano, um processo seletivo para a contratação de mais 130 profissionais foi aberto.
Desse número de profissionais já trabalhando, 190 são cubanos, como explica o coordenador. No entanto, segundo ele, existe a expectativa de que mais brasileiros participem do programa. “Temos a expectativa de que, com o tempo, os médicos brasileiros possam aderir ao programa. O número de médicos brasileiros que participam do programa está aumentando cada vez mais", explicou.
Os médicos atendem por meio de contrato com validade de três anos, firmado com a Organização Pan-Americana de Saúde(OPAS). Existe a possibilidade de renovação do termo.
Os municípios para onde os médicos são designados ajudam a fornecer alimentação, transporte, internet e moradia aos profissionais. O governo federal, no entanto, é quem paga o salário deles.
O coordenador também afirmou que um dos objetivos do programa é fazer com que os médicos brasileiros se fixem no interior dos municípios para atender aqueles que mais precisam. "O objetivo do programa é fazer com que, ao longo do tempo, ele seja substituído pelos programas de residência médica no interior do estado", afirmou.
Um dos desafios é capacitar os profissionais. Atualmente, cerca de 15 médicos que atuam na região metropolitana de Cuiabá e nas demais localidades do estado ainda não se especializaram na área de saúde da família.
Para ampliar a formação de novos profissionais em Mato Grosso, o Ministério da Educação liberou R$ 9 milhões para a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) investir na criação de novas vagas para o curso de medicina.
“O eixo educacional do programa Mais Médicos, não se resume ao acompanhamento do médico na unidade, mas na formação de novos médicos para a atenção básica do Sistema Único de Saúde”, explicou Reinaldo.
O médico Ronald dos Anjos, que faz parte do programa e trabalha há nove meses, no posto de saúde do Bairro Água Vermelha, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, atende cerca de 400 pacientes por mês.
“O programa levou profissionais para locais onde havia escassez de médicos, isso fez com que houvesse uma melhora na saúde dos moradores de regiões mais carentes e distantes. Trabalhamos com o objetivo de evitar que o paciente adoeça”, explicou.
Trinta e três médicos trabalham em áreas indígenas, atendendo cerca de 42 etnias diferentes.
Colniza Notícias/G1
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