Alunos 'comemoram' com bolo um ano de escola sem muro em MT
Os alunos da Escola Estadual Professor Fernando Leite de Campos, na Avenida Alzira Santana, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, "comemoraram" nesta terça-feira (6) o aniversário da queda do muro da unidade. O muro caiu no dia 7 de Setem
Os alunos da Escola Estadual Professor Fernando Leite de Campos, na Avenida Alzira Santana, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, "comemoraram" nesta terça-feira (6) o aniversário da queda do muro da unidade. O muro caiu no dia 7 de Setembro do ano passado, durante um temporal. O muro que caiu separava a escola de um cemitério da cidade. O G1 entrou em contato com a Seduc, mas até a publicação desta reportagem não havia recebido o retorno.
A direção da escola informou que existe dinheiro em caixa. No entanto, um impasse com a Secretaria de Educação de Mato Grosso (Seduc) atrapalhou a contratação de uma empresa para executar a obra.
Segundo a diretora Vânia Regina de Almeida, a Seduc depositou 24.400 na conta da escola para que a direção contratasse uma empresa para erguer o muro. No entanto, depois disso, o órgão encaminhou um documento à escola informando que a escola deveria fazer uma licitação e não apenas uma pesquisa de preços.
"Nós fizemos uma licitação e, como eles nos orientaram a fazer a licitação, fizemos a licitação, mas, quando fomos na Seduc para verificar se poderíamos abrir os envelopes, nos disseram que a secretaria ficaria responsável pela obra e que teríamos que devolver o dinheiro", afirmou a diretora.
Contudo, não foi realizada a licitação, dinheiro não foi devolvido e a escola continuou sem muro. "Não teríamos como devolver a verba sem nada oficial. O dinheiro está na conta desde novembro [de 2015] e não pode ser usado", reclamou.
Com a falta de muro, aumentou a insegurança na escola. Conforme a diretora, alunos de outras escolas entram no prédio e ficam na quadra. Além disso, no início do ano, dois assaltantes armados entraram na unidade e tentaram assaltar uma professora. "A professora reagiu. Os alunos ouviram os gritos dela e saíram das salas. Correram atrás dos bandidos e nós corremos atrás dos alunos", contou.
Essa escola foi uma das ocupadas pelos estudantes nos meses de maio e junho deste ano, em protesto contra o projeto do governo para firmar Parceria Público-Privada (PPP) na área da educação. "Durante a ocupação, a construção do muro foi um dos pedidos dos estudantes. Foi conversado com a Seduc e prometeram resolver a situação do muro", informou a diretora.
Colniza Notícias/G1 MT
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