Alvos da Assembleia respondem por improbidade e homicídio
Três dos 22 servidores e ex-servidores presos temporariamente pelo Gaeco nesta quarta-feira (23), durante a Operação Metástase, já respondem a outros processos cíveis e criminais na Justiça, sob acusações que vão de improbidade administrativa a
Três dos 22 servidores e ex-servidores presos temporariamente pelo Gaeco nesta quarta-feira (23), durante a Operação Metástase, já respondem a outros processos cíveis e criminais na Justiça, sob acusações que vão de improbidade administrativa a homicídio.
Eles foram presos pela suspeita de integrarem um esquema que teria desviado cerca de R$ 2 milhões do Poder Legislativo Estadual, entre 2010 e 2014, por meio de fraudes na utilização da verba de suprimentos.
O servidor Geraldo Lauro, técnico legislativo, responde a mais de 70 ações, sob a acusação de improbidade administrativa. Algumas delas já foram sentenciadas e estão aguardando o julgamento de recursos.
Boa parte destas ações são relativas à Operação Arca de Noé, e são respondidas por ele em conjunto com o ex-deputado José Riva, com o ex-deputado e ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Humberto Bosaipo, e outros réus.
Ele é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de ter colaborado em esquema que teria desviado mais de R$ 4 milhões dos cofres da Assembleia, por meio de cheques a empresas de fachada.
O dinheiro desviado serviria, em tese, para ser repassado à Confiança Factoring, do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, como pagamento de empréstimos de despesas pessoais e de campanha.
Sob os mesmos fatos, ele também responde a ações penais com Riva, Bosaipo, Arcanjo e outros servidores e ex-servidores, sob a acusação dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Homicídio a tiros
Também preso, o assessor de gabinete da 1ª secretaria da Assembleia, Vinícius Prado Silveira, responde a processo por homicídio e deverá ser julgado pelo Tribunal do Júri.
De acordo com a ação movida pelo MPE, o crime ocorreu em fevereiro de 2000,em Cuiabá, nas esquinas da Avenida Filinto Muller com a Rua Arthur Bernardes.
Na ocasião, o assessor teria matado a tiro, com um revólver calibre 38, Wilson Barbosa Vaz Júnior.
Junto com o assessor, segundo os autos, estava Jean Adriel Correa Costa, acusado de ter estimulado Vinícius Silveira a atirar. A defesa, no entanto, alega que foi um acidente.
Em razão do fato, Vinícius Silveira também foi processado pela família da vítima, sendo condenado a pagar 26,5% de seu salário, mensalmente, a título de pensão aos familiares, o que corresponde a pouco mais de R$ 1 mil.
Posse de arma
Outro alvo do Gaeco que possui pendências judiciais é Odnilton Gonçalo Carvalho Campos, motorista da deputada estadual Janaína Riva (PSD).
Ele foi preso em flagrante na Capital, em maio do ano passado, por posse irregular de arma de fogo.
Após pagar fiança de R$ 703, o servidor foi liberado. A ação corre na 10ª Vara Criminal de Cuiabá e a pena para o crime varia de 1 a 3 anos de detenção, e multa.
LUCAS RODRIGUES
DO MIDIAJUR
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