Câmara afasta prefeito por mais 90 dias e articula a cassação definitiva
A Câmara de Chapada dos Guimarães aceitou nova denúncia e afastou o prefeito José Neves (PSDB) por mais 90 dias. A decisão de processar o tucano por conta de supostas irregularidades na gestão municipal foi tomada na sessão ordinária da última qu
A Câmara de Chapada dos Guimarães aceitou nova denúncia e afastou o prefeito José Neves (PSDB) por mais 90 dias. A decisão de processar o tucano por conta de supostas irregularidades na gestão municipal foi tomada na sessão ordinária da última quinta (18).
A aceitação da denúncia contra José Neves, que necessitava de maioria simples de seis votos, foi aprovada por dois terços dos vereadores presentes na sessão. Somente Anildo Moreira (PSD), Beto Belufi (DEM) e Sandok (DEM) votaram contra. Os parlamentares Berimbau (PSD), Carlinhos (PT), Edmilson (PMDB), Fagner Sampaio (PT), Joair Siqueira (PMDB), Joadir Pacheco (PR), Monique Haddad (PR) e Professora Cidu (PP) se posicionara favoráveis ao afastamento do chefe do Executivo de Chapada dos Guimarães.
O afastamento cautelar de José Neves, que precisava da aprovação de dois terços dos vereadores, recebeu oito votos a favor e acabou aprovado. Com o resultado, foi instalada a comissão processante que terá 90 dias de prazo para concluir o a apuração de supostas irregularidades.
Após o encerramento do prazo, relator da comissão processante deverá anunciar o parecer, contrário ou a favor da cassação do prefeito. Entretanto, a decisão será tomada pelos 11 vereadores que compõem a Câmara de Chapada. A cassação definitiva depende da maioria qualificada, ou seja, de oito votos favoráves.
Os membros da comissão processante foram escolhidos através de sorteio. A comissão ficou definida com a vereadora Monique na presidência e Fagner Sampaio como relator. Anildo Moreira é o único membro.
Afastamentos
O prefeito José Neves, que escapou de duas cassações em 2014, já teve vários afastamentos promovidos pelo Judiciário a pedido do Ministério Público. O primeiro deles ocorreu no dia 13 de maio deste ano, por improbidade administrativa e supostos desvios no setor do transporte escolar municipal. Quem assumiu o comando da Prefeitura foi o vice Lisu Koberstain (PMDB).
Posteriormente houve outra ação do Ministério Público que culminou na prisão do irmão do prefeito afastado, o então secretário de Governo Joel Santos. Além dele, foram presos dois servidores e uma empresária devido escândalo envolvendo o "esquentamento" de notas fiscais. O irmão de José Neves abonava os documentos atestando o recebimento de produtos que na realidade nunca foram entregues. No momento da prisão do irmão e colaboradores, o tucano já estava afastado da Prefeitura.
Fonte: RDNews
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