Cassado, Medeiros alega ser vítima de armação para tirá-lo da vida pública
Medeiros alega que já haviam fechado as portas em coligações partidárias e agora buscaram decisão para não disputar o pleito de 2018
O senador José Medeiros (Podemos), que teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) nesta terça-feira (31), classificou o fato como “perseguição política”. Em vídeo postado na noite desta terça-feira (01), após a conclusão do julgamento pelo TRE, ele coloca como suspeita a decisão ter ocorrido próximo das convenções partidárias.
O senador foi acusado de fraudar a elaboração da ata de registro de candidatura da chapa em que se elegeu suplente em 2010, e por decisão unânime do TRE teve mandato cassado. Ele revela ser coincidência todo processo correr vésperas de concretizar a sua candidatura à reeleição ao Senado.
“Olha a coincidência. Primeiro fechou-se todas as portas para que o senador José Medeiros pudesse registrar a candidatura. Agora, perceberam que o senador José Medeiros mesmo assim sairia candidato. Então vamos fazer o que? Vamos cassá-lo. Vamos fazer com que a população pense que ele é bandido, mas se enganaram, eu não devo”, dispara ele.
Medeiros comenta que não tem conhecimento da fraude da ata e que nunca esteve perto deste documento. Visivelmente abatido, diz estar estarrecido com notícia. “Eu nunca passei perto desta ata, nunca cheguei perto dela. Vocês, assim como eu, devem ter recebido a notícia estarrecidos de que o mandato do senador José Medeiros foi cassado pelo TRE”, assinalou.
Para ele, a alegação de fraude em ata é um “pano de fundo” para retirá-lo da disputa política deste ano. “Estão dizendo que é por causa de uma ata. Isso é conversa fiada, isso é uma mentira deslavada. Isso é um argumento furado que arrumaram para tirar da vida pública o senador José Medeiros”, desabafou.
Ainda em tom de voz embargado, o senador lembra que tem vida lastreada em valores morais, sendo que sempre manteve a mesma postura no Congresso Nacional. “Lá em casa, se eu achasse um brinquedo, eu tinha que devolver onde achei. Foi com esses valores que eu cresci. Foi lastreado nestes valores que eu fiz este mandato em Brasília, representando quem eu tinha que representar que é o Estado de Mato Grosso”, explicou.
Com a decisão do TRE, Medeiros terá que deixar o cargo imediatamente. O empresário Paulo Fiúza assumirá a função. A decisão cabe recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Fonte: Folha Max
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