Com salários cortados, professores grevistas aceitam doação de alimentos
Após o prefeito Juarez Costa ter cortado os salários dos profissionais da rede municipal de Educação de Sinop, a categoria se mobiliza nas redes sociais e diz estar aceitando doação de alimentos a partir desta segunda-feira (04). Na semana passada,
Após o prefeito Juarez Costa ter cortado os salários dos profissionais da rede municipal de Educação de Sinop, a categoria se mobiliza nas redes sociais e diz estar aceitando doação de alimentos a partir desta segunda-feira (04). Na semana passada, os profissionais se dirigiram à secretaria de Assistência Social para pedir cestas básicas, mas não teriam sido recebidos.
Conforme consta em publicação na página pessoal da presidente da sub sede do Sintep (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público) de Sinop, Sidnei Cardoso, “Povo sinopense a partir de segunda-feira 04 de agosto estamos aceitando doação de comidas, leite e fraldas descartáveis para os profissionais da educação da rede municipal de Sinop que tiveram 11 dias do seu salario covardemente descontado pelo prefeito Juarez que recebe Dezoito mil reais e suas secretarias de educação que recebem nove mil reais cada uma delas... enquanto os profissionais de carreira tem seus vencimentos entre setecentos reais a três mil...COLABOREM... É questão de sobrevivência... NÃO CURTAM...COMPARTILHEM”.
Na manhã de hoje, a categoria permanece reunida em frente à Secretaria Municipal de Educação aguardando posicionamento da prefeitura. “Até agora, nada de diálogo por parte do prefeito ou da secretária. Tudo o que fizeram foi descontar no holerite do mês passado o valor referente aos 11 dias paralisação, o que comprometeu drasticamente o orçamento das famílias. Em alguns casos, com os devidos descontos, alguns profissionais só tiveram cerca R$ 30 para sacar”, disse Sidnei ao Nortão Notícias.
A greve foi iniciada no último dia 21 de julho e não tem data para terminar. No último dia 29, a prefeitura acionou a Justiça pedindo para que a greve seja declarada ilegal, mas ainda não obteve resposta. Conforme o secretário de Administração, Nevaldir Graff (Ticha), a decisão partiu do prefeito. O corte começou a valer para a folha de pagamentos do mês passado e foi tanto para os professores concursados bem como para os interinos.
A categoria busca equiparação salarial com servidores da rede estadual e redução da carga horária. Consta que para trabalharem 30 horas semanais, os professores da rede estadual recebem R$ 1.747, enquanto os da rede municipal recebem R$ 1.697 por 40 horas.
Em nota enviada à imprensa, a prefeitura apresentou tabela onde consta que a com a redução da jornada de trabalho, de 40 para 30 horas semanais, e equiparação salarial com os professores da rede estadual, haverá impacto financeiro de R$ 4,2 milhões este ano; R$ 10,3 milhões no ano que vem; R$ 15,5 milhões em 2016; R$ 19,7 milhões em 2017 e R$ 24,4 milhões em 2018. A administração alega que nem hoje nem futuramente dispõe de recursos para atender o que está sendo reivindicado e isso já teria sido informado aos profissionais e ao Sintep em outras oportunidades, inclusive.
Com a paralisação, cerca 90% dos 14 mil alunos da rede municipal ficam sem aulas.
Fonte: Nortão Noticias
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