Comitê capacita professores para trabalhar com deficientes
"A Secretaria de Estado de Educação tem buscado meios de capacitação das pessoas que estão lá nas escolas". Com essa afirmação o coordenador de Educação Especial da pasta, Marcino Benedito de Oliveira, deu as boas vindas aos participantes do pri
"A Secretaria de Estado de Educação tem buscado meios de capacitação das pessoas que estão lá nas escolas". Com essa afirmação o coordenador de Educação Especial da pasta, Marcino Benedito de Oliveira, deu as boas vindas aos participantes do primeiro curso realizado em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro. A ação teve início na quarta-feira (28.10), no auditório do Centro Cultural da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e deverá apresentar desdobramentos posteriores com os estudantes, uma exigência do Comitê Paralímpico.
Direcionado a professores de educação física da rede pública de Cuiabá e Várzea Grande, além de representantes dos Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica do Estado de Mato Grosso (Cefapros), o curso tem a finalidade de levar conhecimentospara as pessoas que trabalham com deficientes.
O conteúdo será administrado durante três dias (28, 29 e 30), iniciando com dois momentos específicos. Primeiro, os participantes receberão conteúdos teóricos e comum a todos os inscritos relacionados ao mundo paraolímpico. Em seguida, o que é, o que envolve e como se organiza esse universo. Estas são algumas das noções que receberão.
Depois, ainda na quarta-feira (28.10), dados sobre aspectos gerais, como nível de deficiência, nível de potencialidade de cada uma dessas deficiências, como acontece a paralisia cerebral e as limitações que envolve, essa deficiência, entre outros assuntos. São informações que contribuirão para o entendimento da diferença entre as atribuições de olímpico e paralímpico.
Nos dias posteriores, os participantes serão divididos conforme a categoria em que se inscreveram (atletismo, bocha ou natação), dando sequência ao curso por modalidades.
Mas não basta adquirir conhecimento e não colocá-los em prática ."Por onde passamos pedimos o envolvimento do poder público em dar continuidade, apoiando o trabalho. O Estado precisa estar envolvido nessa visão", pontuou o coordenador da Academia Paralímpica Brasileira, Alberto Martins da Costa, que atuará juntamente com outros cinco professores durante o curso. Por enquanto, o que contará, segundo Alberto, é o envolvimento das pessoas que estão sendo capacitadas para desenvolverem melhor suas ações.
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) também é parceira da Seduc juntamente com o Comitê Paralímpico na realização do evento, potencializando as atividades com a disponibilização do ginásio da instituição. Participaram da abertura do curso: Hildebrando Daltro, da coordenadoria de Vivência, Esporte e Lazer; o superintendente de Políticas Esportivas da Secel, Mario Marco Pecona; o representante do Conselho Regional de Educação Física, Edmar de Oliveira Pinto; e o vice-reitor da UFMT, professor João Carlos de Souza Maia.
Meia década
A parceria com o Comitê está estabelecida por cinco anos, período em que deverão ser realizados cursos nos 15 Cefapros, localizados em diferentes regiões do estado. O acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro visa capacitar multiplicadores no que tange a deficiência, 'uma vez que essas pessoas deficientes precisam ganhar conotação, viver com dignidade", defendeu Marcino de Oliveira.
"Vai [a pessoa com deficiência] deixar de viver escondida porque é cega, porque é surda, porque é muda ou deficiente física. Além de se tornar auto suficientes e melhorar a autoestima", completou o Marcino Benedito de Oliveira, que já vivenciou a situação em tempos de escola por ser deficiente visual. "Eu não entendia porque não podia, sequer, fazer um exercício físico. Os professores não sabiam como lidar com a situação", relatou.
Para a assessora da Seduc, Débora Vilar, muitas vezes o professor quer fazer algo diferente, mas tem dificuldade porque lhe falta a formação adequada. "O professor tem intenção, mas não o instrumento. A atual gestão está olhando o deficiente com olhar diferenciado. O maior desafio é com o professor de como fazer. E esta é uma parceria inédita com o Comitê Paralímpico que vai potencializar as ações nesse sentido. A escola inclusiva está se consolidando nessa gestão", frisou.
ELIANA BESS
Assessoria/Seduc-MT
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