Deputado opta pela família e Medicina e desfalca o PT em 2018
Ságuas Moraes, que cumpre mandato na Câmara, seria alternativa ao Governo, mas desiste da política
O deputado federal Ságuas Moraes (PT) anunciou que não vai se candidatar a nenhum cargo neste ano. O parlamentar afirmou que deixará a vida pública para se dedicar à sua profissão de médico e à família.
De acordo com o petista, a decisão ocorreu há cerca de dois anos, pouco depois de ele encerrar o primeiro ano de seu segundo mandato como deputado federal.
“Não vou ser candidato a nada neste ano. Já deixei a minha posição clara ao partido. Não sou candidato a nenhum cargo eletivo”, assegurou.
Nos bastidores, comentários apontavam que Ságuas poderia ser um dos nomes do partido para disputar o Governo do Estado neste ano. Porém, o parlamentar rechaçou tal possibilidade.
“Acho que já dei a minha contribuição para a política. Agora, quero me dedicar à minha família e voltar para a Medicina”, disse o parlamentar, que deixou, temporariamente, a carreira de médico para se dedicar à Câmara dos Deputados.
Ságuas Moraes completa, em 2018, 22 anos de vida pública. O petista já ocupou cargos de prefeito de Juína (735 km a Noroeste de Cuiabá), deputado estadual, secretário de Educação e, atualmente, deputado federal.
O partamentar observou que, apesar de deixar a vida política, cumprirá seu atual mandato até o fim, em dezembro de 2018.
Cota parlamentar
Ságuas Moraes também comentou sobre o fato de ter sido, em 2017, o deputado federal que mais gastou a cota parlamentar, durante o ano de 2017.
Conforme publicação do site FolhaMax, em consulta feita ao site da Câmara dos Deputados, Ságuas tinha gasto, até 28 de dezembro, R$ 486.320,18.
O parlamentar disse que é o que mais utiliza a cota, em razão de ser integrante do Parlamento do Mercosul, o Parlasul, que é um órgão legislativo da representação civil dos países que compõem o Mercosul.
“Como sou integrante do Parlasul, quase todos os meses, preciso ir a Montevidéu [Uruguai]. No total, vou pra lá 10 vezes ao ano. Em cada ida, gasto cerca de R$ 4 mil. Então, gastei, no mínimo, R$ 40 mil a mais que qualquer deputado que não é membro do Parlasul”, argumentou.
“Se reduzir a minha cota em R$ 40 mil, eu caio muitas posições, em comparação a outros parlamentares”, acrescentou.
O limite da cota anual é de pouco mais de R$ 473 mil, mas o congressista mato-grossense tem direito a um acréscimo de pouco mais de R$ 1 mil mensais, em razão de ser vice-líder do PT na Câmara.
Colniza Notícias/Midia News
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