Ex-prefeito é acusado de rombo de R$ 6 mi na previdência de Barra do Garças
Um dos alvos da “operação Ultimatum”, deflagrada nesta quarta-feira pela Polícia Federal é o ex-prefeito de Barra do Garças, Wanderlei Farias (PR). Ele foi levado coercitivamente para prestar esclarecimentos ao delegado que comanda as investigaç
Um dos alvos da “operação Ultimatum”, deflagrada nesta quarta-feira pela Polícia Federal é o ex-prefeito de Barra do Garças, Wanderlei Farias (PR). Ele foi levado coercitivamente para prestar esclarecimentos ao delegado que comanda as investigações.
Além da condução coercitiva, Farias foi alvo de busca e apreensão. Policiais federais recolheram documentos e computadores em sua residência.
A defesa do ex-prefeito confirmou que ele figura como investigado. Contudo, diz que Farias já foi liberado após prestar depoimento.
Outro alvo de condução coercitiva é uma servidora pública que exerceu função de destaque na prefeitura de Barra do Garças durante a gestão do republicano. Outro mandado foi cumprido na cidade de Uberaba (MG).
A investigação aponta que gestores públicos desviaram de forma fraudulenta cerca de R$ 6 milhões do Fundo Municipal de Previdência Social dos Servidores de Barra do Garças (Barra Previ), aplicando o valor num fundo de investimento notoriamente deficitário, o Adinvest, conforme publicação do Banco Central e da Comissão de Valores Imobiliários (CVM).
Tal investimento foi realizado cerca de um mês antes do término do mandato de um ex-prefeito, após a derrota de sua candidata nas eleições municipais.
No intuito de ocultar a fraude, os agentes públicos ainda fizeram o valor desviado transitar por diferentes contas bancárias até a definitiva aplicação ruinosa, fazendo declarações falsas no último balancete antes do término do mandato. Eles afirmaram que o valor de R$ 6 milhões se encontrava nas contas do Barra Previ.
Policiais constataram que o esquema é semelhante ao apurado na Operação Miqueias. Autoridades municipais realizam investimentos em “fundos podres” por meio de agências financeiras cúmplices nas fraudes, rendiam por volta de 10 a 15% aos gestores municipais do dinheiro indevidamente aplicado.
Desta forma, policiais acreditam que o ex-prefeito e sua tesoureira obtiveram vantagem entre R$ 600 mil a R$ 900 mil. Eles devem responder pelo crime de corrupção passiva.
Colniza Notícias/Folha Max
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