Greve dos professores de Mato Grosso é a segunda maior da história
A greve na rede estadual de ensino de Mato Grosso já é a maior dos últimos 12 anos. A paralisação dura 32 dias, perdendo apenas para a realizada em 2001 entre as greves da história recente.Conforme o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de
A greve na rede estadual de ensino de Mato Grosso já é a maior dos últimos 12 anos. A paralisação dura 32 dias, perdendo apenas para a realizada em 2001 entre as greves da história recente.
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), as ultimas manifestações que duraram mais de 20 dias ocorreram em 2011 e 2008, ambas com 29 dias. Em 2011, já na era Silval Barbosa (PMDB), o governo também pediu a judicialização do movimento como estratégia para tentar frear a greve. Porém, a atitude surtiu pouco efeito e os profissionais continuaram de braços cruzados. Eles pediam a nomeação dos concursados de 2010, pedido repetido em 2013, e a antecipação do piso salarial de R$ 1,35 mil.
A categoria chegou a fazer paralisações menores em 2004 e 2005. Mas foi no biênio 2000/01 que as greves mais longas dos últimos anos foram registradas. Na ocasião os educadores ficaram 40 e 43 dias de braços cruzados, respectivamente. O motivo do protesto era por conta do baixo piso salarial e de constantes atrasos nos repasses às escolas.
De acordo com o presidente do Sintep, Henrique Lopes, o governo prometeu enviar uma proposta para a categoria no último dia cinco de setembro, no entanto até hoje nada foi encaminhado. “Prometeram para quinta-feira, depois para a segunda-feira (9) e a única proposta que chegou foi a ordem judicial.”
Lopes afirmou que o governo está tentando intimidar os profissionais a voltarem ao trabalho com avisos de possíveis demissões e cortes de ponto. “Não é a primeira vez e nem a última que tentam pressionar pelo fim do protesto, mas temos os nossos direitos assegurados pela Constituição Federal. E por isso vamos provar que a greve é legal”.
A categoria reivindica que o governo dobre o poder de compra dos profissionais, que convoque os concursados de 2010 e realize outro concurso para suprir as vagas e a aplicação de 35% dos recursos na educação, como determina a legislação.
De acordo com a assessoria da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), os dias parados já prejudicam o calendário escolar que terá que ser estendido até 2014. Como o movimento ainda não tem previsão de fim e no próximo ano o regime escolar também será diferenciado por conta da Copa do Mundo, a secretária ainda não sabe como irá rearranjar o calendário.
Segundo o secretário de Educação, Ságuas Moraes, o governo não está pensando em tomar medidas drásticas, como corte do ponto ou demissões dos grevistas. Ele afirmou que o governo segue aberto ao diálogo.
Conforme o secretário, a proposta ainda não foi entregue porque o governador achou que o valor encareceria muito o orçamento do próximo ano, comprometendo outras áreas.
Fonte: O Documento
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