Ladrão que vendia caminhonetes furtadas para índios em Juína é preso em Várzea Grande
Um homem de 33 anos, suspeito de fazer parte uma quadrilha investigada pelo furto de quatro caminhonetes de uma concessionária de veículos de Cuiabá, foi preso nesta segunda-feira (11) em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Ele era o 6º
Um homem de 33 anos, suspeito de fazer parte uma quadrilha investigada pelo furto de quatro caminhonetes de uma concessionária de veículos de Cuiabá, foi preso nesta segunda-feira (11) em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Ele era o 6º e último integrante do grupo que teria revendido os veículos para indígenas da etnia Enawenê-nawê, em Juína, a 737 km da capital. Dois ex-funcionários da concessionária e outras três pessoas já estavam presos desde uma operação policial em dezembro de 2015.
Segundo a polícia, o suspeito estava com a prisão decretada pela 3ª Vara Criminal da Capital. O foragido foi encontrado na casa de uma suposta namorada, no Bairro Jardim Aeroporto, em Várzea Grande. De acordo com as investigações, o integrante preso nesta segunda-feira teria o papel de negociar ilegalmente os veículos.
Das quatro caminhonetes subtraídas, três foram recuperadas. “Ele e outros dois integrantes documentaram, emplacaram e revendiam as caminhonetes para os índios lá de Juína. Ele confessou a participação no crime e foi encaminhado ao Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC)”, declarou o delegado responsável pela investigação, Marcelo Torahcs.
Os outros integrantes da quadrilha também continuam presos no CRC. Segundo a polícia, a apuração da responsabilidade dos índios depende de apoio operacional da Polícia Federal, já que após adquirirem os veículos, os índios ocultaram as caminhonetes dentro da aldeia indígena.
“Ainda temos a dificuldade em indiciar dois índios que teriam participação nesse esquema. Precisamos do apoio operacional da PF para fazer uma busca no local, já que se trata de uma aldeia indígena. Há notícias de que mais veículos furtados estão no local e identificamos dois índios ligados à chefia da comunidade. Eles são os responsáveis por contatar a quadrilha para comprar veículos a preços inferiores”, explicou o delegado.
Conforme as investigações, os indígenas teriam comprado com dinheiro em espécie quatro caminhonetes novas no valor de R$ 17 mil cada. O valor no mercado, de cada veículo desse modelo, passa de R$ 150 mil.
Caminhonetes furtadas
A polícia descobriu que os dois funcionários foram os responsáveis por facilitar a ação criminosa que terminou no furto das quatro caminhonetes da concessionária. Um dos assaltantes se passou por cliente para ter acesso ao pátio onde as caminhonetes estavam. O veículo já tinha sido indicado e separado pelo funcionário que ajudou nos furtos.
Enquanto o assaltante retirava o veículo da empresa, o funcionário fazia a 'vigilância' para alertar os comparsas, caso alguém se aproximasse. Dessa forma, a quadrilha conseguiu retirar quatro caminhonetes da concessionária.
Depois dos furtos, o grupo levava os veículos para a região do Porto, em Cuiabá, onde entregava as caminhonetes para outros integrantes chamados de 'corretores'. As caminhonetes passavam por um emplacamento e documentação fraudulenta.
Dois deles são irmãos, de 23 e 33 anos, e foram presos ao longo da investigação. Um outro integrante da quadrilha também foi identificado durante a operação, porém, foi assassinado a tiros dentro de um carro no dia 21 de setembro do ano passado no Bairro Cristo Rei, em Várzea Grande.
Outra investigação
Três indígenas da mesma aldeia são investigados pela Polícia Federal suspeitos de terem assassinado dois jovens, de 24 e 25 anos, entre o dia 9 e 12 de dezembro. Genes Moreira dos Santos Júnior, de 24 anos, e Marciano Cardoso Mendes, de 25, foram mortos após terem sido sequestrados pelos índios que faziam um pedágio na BR-174, entre Juína e Rondônia.
Fonte: Denise Soares Do G1 MT
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