Mais de 100 pacientes aguardam por cirurgia ortopédica no PS de Cuiabá
Cento e cinco pessoas aguardam por uma cirurgia ortopédica no Pronto-Socorro de Cuiabá, sendo 68 casos considerados de emergência. Alguns pacientes estão à espera da operação há mais de 30 dias. Superlotada, a unidade de saúde abriga, nos corredo
Cento e cinco pessoas aguardam por uma cirurgia ortopédica no Pronto-Socorro de Cuiabá, sendo 68 casos considerados de emergência. Alguns pacientes estão à espera da operação há mais de 30 dias. Superlotada, a unidade de saúde abriga, nos corredores, 39 pessoas em macas improvisadas. No total, há 228 internados, sendo 105 do interior do estado.
O pedreiro Augustinho Ribeiro de Souza tem um irmão que está internado no PS da capital há 32 dias. Os dois moram em São Félix do Araguaia, a 1.159 km da capital. “A gente só teve um começo de tratamento, mas não deram conta e encaminharam a gente pra cá pra Cuiabá. [Se ficasse lá] Corria o risco de perder a perna”, relatou.
A transferência do município a Cuiabá foi feita por avião, paga pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em Cuiabá, foram realizadas cirurgias na canela, joelho e tornozelo. Mas o procedimento cirúrgico no fêmur, quebrado em quatro partes, ainda não foi realizado. “A posição que eles tinham dado era pro dia 16 de janeiro de 2015. Daí eu fui na assistente social e eles anteciparam pro dia 4 de novembro”, contou Souza.
O secretário de Saúde de Cuiabá reconhece o problema da lotação. E diz que o número de acidentes tem crescido. “A cada 1h40, nós temos um paciente entrando aqui vítima de algum acidente ortopédico. A única forma de desafogarmos o atendimento de Cuiabá é melhorar primeiro a estrutura do interior do estado ”, disse Werley Silva Peres.
A Secretaria estadual de Saúde (SES) informou que as cirurgias ortopédicas já são realizadas em unidades referências no estado, pra poder atender o interior. Hoje, são mil cirurgias por mês, só nos hospitais próprios do estado.
“Algumas situações de alta complexidade, o paciente, o fluxo é pra capital sim. O município recebe por isso, o seu teto financeiro é composto com recursos de municípios de todo o estado. Então, a questão da pactuação é pactuária e decidida com todos os secretários municipais”, disse Huark Correa, secretário-adjunto da SES.
Fonte: TVCA
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