Mais de 130 delegados de MT são favoráveis a greve; Categoria aguarda reunião
De acordo com ele, os delegados estão aflitos com a possibilidade do colégio de líderes fazer a votação fora do plenário
Mais de 130 delegados, o que representa mais de 50% do número de sindicalizados são favoráveis a paralisação da categoria em Mato Grosso. A informação é do delegado Cristian Cabral em entrevista ao VG Notícias na manhã de hoje (23.01).
Cristian está mobilizado com os colegas na Assembleia Legislativa e explicou que a categoria utilizou o aplicativo de mensagens “Whatsapp” para sinalizar quem é favorável a paralisação. Agora, eles aguardam uma reunião para decidir definitivamente o tema.
“Como nós estamos mobilizados aqui, não estamos tendo condições de nos concentrar e fizemos essa votação em caráter informal, e a categoria em maioria maciça decidiu fazer uma assembleia para aprovar o indicativo de greve. Mas essa Assembleia ainda não aconteceu porque o presidente do sindicato está mobilizado aqui, assim que terminar a mobilização na Assembleia, nós vamos estar nos reunido para discutir a deflagração da greve, que já tem voto suficiente para ser deflagrada”, explicou.
De acordo com ele, os delegados estão aflitos com a possibilidade do colégio de líderes fazer a votação fora do plenário. “Nas nossas costas”, ressaltou.
“Estamos aguardando termos tranquilidade de podermos nos desmobilizar temporariamente, para podermos nos dirigir ao sindicato e fazermos essa votação. Por enquanto estamos aflitos aqui com a possibilidade do colégio de líderes fazer a votação fora do plenário, nas nossas costas, nós estamos mobilizados aqui e retardando a mobilização da assembleia”.
Cabral advertiu que toda a pauta é extremamente prejudicial aos servidores públicos.
“Nós reconhecemos que o Estado está em crise, que medidas tem que ser tomadas, agora nós não aceitamos sermos elegidos como pivô dessa crise e muito menos suportar todos os efeitos negativos da crise”.
E acrescenta: “Queremos que o assunto seja debatido com responsabilidade e que todo o Estado de Mato Grosso de forma igualitária e justa participe desse movimento de recuperação orçamentária que o Estado necessita. O agronegócio, as empresas privadas que vivem de incentivo, e nós também, mas tudo de forma democrática e debatido de forma oficial, não da forma que está sendo posta”.
O delegado também frisou o fato de parlamentares derrotados nas urnas estarem votando e discutindo o assunto.
“Na verdade, tudo foi jogado nas costas do servidor, as medidas iniciais elas estão impactando exclusivamente o servidor. Nós nos sentimos frustrados que vários deputados que estão votando a matéria foram rechaçados na urna na última eleição, tem legitimidade legal, mas não tem legitimidade moral para estar discutindo o assunto, mas estão discutindo no apagar das luzes”, finalizou.
Por: Izabella Araújo & Edina Araújo/VG Notícias
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