Médicos estão sem receber desde dezembro em MT; Wellington cobra Governo
As cirurgias na unidade já foram suspensas
O senador Wellington Fagundes (PR-MT) cobrou do Governo de Mato Grosso ações priotárias "para a vida dos mato-grossenses" e criticou as declarações do governador Pedro Taques de que "iria escolher quem iria morrer e não escolher quem deveria viver" o que, na sua opinião, se constitui em "um absurdo". A manifestação do senador foi feita nesta quarta-feira, 5, ao relatar a situação do Hospital Regional de Rondonópolis, principal cidade da região Sul do Estado.
Médicos da unidade hospitalar estão sem receber salários desde o mês de dezembro. As cirurgias na unidade já foram suspensas. Além disso, segundo relatos da direção da unidade, está faltando medicamento, e ainda há deficiência em equipamentos. Atualmente, o Governo do Estado deve repasses ao Hospital Regional de Rondonópolis em valores superiores a R$ 13 milhões.
Os médicos se queixam da falta de "condições mínimas para o funcionamento do Hospital Regional. A unidade é administrada pela Fundação São Camilo, de São Paulo, considerada uma das mais respeitadas no setor, com 80 anos de experiência.
"Quero fazer um apelo ao Governo do Estado de Mato Grosso, ao ex-senador, hoje governador, Pedro Taques, porque com a saúde, com a vida das pessoas não se pode brincar. Afinal de contas, se não têm o atendimento, as pessoas padecem, além de muitos já terem perdido a vida. Fica aqui o nosso registro cobrando uma atitude do Governo" – disse o senador republicano, ao destacar que "governar é a arte de saber priorizar".
Em nome da população de Rondonópolis e de toda a região que é atendida na unidade, Wellington Fagundes ainda apelou a diretoria do Hospital Regional e aos médicos, para que, mais uma vez, evitem cessar 100% dos atendimentos. "Compreendo a situação dos médicos, que, desde dezembro sem receber, realmente não têm praticamente condições de tocar o dia a dia, inclusive um hospital demanda a condição emocional - lamentou.
Para o senador, mesmo em qualquer situação de crise, "é fundamental priorizar o trabalho de atendimento das pessoas". Segundo ele, "não adianta falar em inaugurar isso ou inaugurar aquilo, se realmente as pessoas estão abandonadas". Ele lembrou que Mato Grosso tem milhões de reais parados na conta do Governo há mais de dois anos. "Isso demonstra também, a nosso ver, uma ineficiência na gestão do Governo" – frisou, ao pedir que "pelo menos na área da saúde essa atenção seja realmente priorizada no Governo".
Da Assessoria
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