Por falta de segurança, juiz manda transferir acusados de matar prefeito
Magistrado pediu que Corregedoria da Polícia Civil apure suposta agressão por parte de policiais aos presos
O juiz Ricardo Frazão Menegute, da Vara Única de Colniza (a 1.065 km de Cuiabá), converteu a prisão em flagrante de Antônio Pereira Rodrigues Neto, Zenilton Xavier de Almeida e Welisson Brito Silva, em preventiva.
Eles são acusados de assassinar o prefeito Esvandir Antonio Mendes, de 61 anos, na sexta-feira (15). Ele foi morto dentro de sua Toyota SW4 preta.
Na decisão desta segunda-feira (18), o magistrado também determinou a transferência dos suspeitos para a Cadeia Pública de Juína (737 km da Capital), diante da falta de segurança da Cadeia Pública de Colniza.
“Inclusive no local ocorreu uma tentativa de fuga há menos de um mês, aliada à repercussão nacional dada ao fato, a referida unidade prisional não comporta o recebimento dos presentes custodiados. Assim sendo, por razões de segurança, determino a remoção dos custodiados à Comarca de Juína”, afirmou o juiz na decisão.
Ricardo Frazão Menegute determinou ainda que a Corregedoria da Polícia Civil e o Ministério Público Estadual apurem eventual excesso praticado por parte dos policiais civis contra os presos.
Eles alegam que sofreram coação moral e física dos policiais.
O crime
O prefeito Esvandir Mendes conduzia uma Toyota SW4, quando foi interceptado pelos criminosos, que estavam em um veículo SUV preto, a cerca de 7 quilômetros da entrada de Colniza.
O veículo foi ao encontro da caminhonete do prefeito e vários disparos foram feitos contra ele, que ainda conseguiu dirigir, mas morreu no perímetro urbano, na BR-174, na esquina com a Rua 7 de Setembro.
Outros dois disparos feriram o secretário Admilson Ferreira, 41 anos, sendo um na perna esquerda e outro nas costas. Ele passa bem.
Os suspeitos foram presos em uma estrada entre os municípios de Juruena e Castanheira (880 e 735 km a Noroeste da Capital, respectivamente).
Eles estavam em um Fiat Uno cinza, quando foram abordados, cerca de 20 km após Castanheira, por uma viatura da Polícia Civil.
Dentro do automóvel, foram apreendidos R$ 60 mil em dinheiro. O montante estava em pacotes do Banco do Brasil.
A suspeita da Polícia Civil é de que Mendes tenha sido morto em razão de uma dívida.
Os acusados devem responder pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Fonte: Midia News
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