Prefeito cassado alega direito de se manter no cargo até última instância
Com o mandato cassado pela Justiça Eleitoral na semana passada, o ex-prefeito de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, Walace Guimarães (PMDB), alegou que por ter vencido a eleição de 2012 deveria permanecer no cargo até que o processo em
Com o mandato cassado pela Justiça Eleitoral na semana passada, o ex-prefeito de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, Walace Guimarães (PMDB), alegou que por ter vencido a eleição de 2012 deveria permanecer no cargo até que o processo em que é acusado de gastos ilícitos na campanha eleitoral fosse julgado em última instância pela Justiça.
Ele argumenta ter direito a responder as acusações sem deixar a prefeitura e afirma ainda que, em casos semelhantes, prefeitos com mais de dois anos de mandato puderam responder denúncias ocupando o cargo.
Ele já recorreu pela terceira vez para tentar voltar a comandar a prefeitura da segunda maior cidade do estado. Walace foi afastado do cargo por decisão do juiz José Luiz Lindote, da 58ª Zona Eleitoral de Várzea Grande.
A ação foi movida pelo DEM, partido da segunda colocada na eleição passada, Lucimar Campos. Com a cassação de Walace, a democrata assumiu o cargo.
Na sentença, o magistrado aponta que foram feitas movimentações ilícitas na campanha do ex-prefeito e do ex-vice-prefeito Wilton Coelho (PR). Com a quebra de sigilo bancário dos suspeitos, o Ministério Público Estadual identificou que foram omitidos gastos com gráfica e combustível, por exemplo, e que o total de dinheiro movimentado na campanha, mas que não consta na prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral, ultrapassa a R$ 1,3 milhão.
Nos primeiros dias de gestão, Lucimar suspendeu os pagamentos das despesas feitas pela administração anterior e defendeu uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado para apurar indícios de irregularidades na administração de Walace. Em sua defesa, o ex-prefeito disse que os gastos foram acompanhados por técnicos e que havia transparência.
A defesa de Walace vai recorrer da decisão pela terceira vez. Um dos recursos já foi julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), mas foi uma decisão monocrática e a defesa quer uma decisão colegiada, analisada por vários juízes.
Fonte: G1MT
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