Querem jogar o nome da minha família no lixo, diz Taques após prisão de primos
Pedro Taques reclamou da grande repercussão da operação Bônus, desdobramento da Operação Bereré e que colocou o esquema de pagamento de mais de R$ 30 milhões em propina, dentro da gestão Taques.
Um dia após ter 2 primos presos por possível participação num esquema de corrupção no Departamento Estadual de Trânstio de Mato Grosso (Detran-MT) durante a sua gestão, o governador Pedro Taques (PSDB) disse que seus adversários estariam se aproveitando do momento para manchar o nome de sua família.
"Estão querendo jogar o nome da minha família no lixo. E isso eu não vou admitir", disse nesta quinta (10).
"Os adversários, os aventureiros, aqueles que querem voltar ao passado, esses eu não preciso convencê-los. Porque não me cabe convencer estes. Me cabe falar ao cidadão, o nosso governo tem procurado fazer tudo que é correto. Tudo de acordo com a probidade administrativa", complementou.
O governador disse que não iria opinar sobre as prisões de Paulo Taques, ex-chefe da Casa Civil e do irmão dele, o advogado Pedro Zamar Taques. "Não vou julgar as pessoas antes de conhecer o processo, [Eles têm direito] do contraditório, da ampla defesa".
Pedro Taques reclamou da grande repercussão da operação Bônus, desdobramento da Operação Bereré e que colocou o esquema de pagamento de mais de R$ 30 milhões em propina, dentro da gestão Taques. "Agora é fato que hoje, no que se domina de pós-verdade, uma matéria, um grupo de Whathasapp que joga uma mentira, isso propala. Ser político hoje é a profissão mais perigosa que existe no Brasil", lamentou.
Sobre um possível desgaste do seu governo, Taques disse que o cidadão que irá avaliar no momento certo. "Eu não tenho medo de julgamentos, de investigação, de absolutamente nada disso. Aliás, o processo é um instrumento de dignidade, ele serve para condenar, mas também para absolver", disse.
O governador também negou que o seu governo tenha praticado qualquer ato ilegal no Detran e que tenha prejudicado o cidadão.
"Nós praticamos todos os atos necessários. Fomos no Ministério Público. Agora se foi praticado algum ato [ilegal], as pessoas têm que ser responsabilizadas por eles. Ninguém está a cima da lei. Agora eu não posso ser julgado por fatos que eu não cometi".
"A minha família está aqui desde 1720. Não vou permitir que aqueles que roubaram Mato Grosso, possam enxovalhar, menoscabar a minha família", finalizou.
O ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, teve a prisão decretada pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) durante a 2ª fase da Operação Bereré, denominada Bônus, deflagrada nesta quarta-feira (9) pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE).
Considerado como membro do núcleo de liderança de uma suposta organização criminosa que teria movimentado mais de R$ 30 milhões em propina pagos a políticos, agentes públicos e empresários.
Paulo Taques é acusado pelo Ministério Público de ter dado continuidade no esquema de corrupção e pagamento de propina durante a gestão Taques. Ele teria teria recebido R$ 2,6 milhões da EIG para manter o contrato milionário da empresa com o Detran.
Também foi preso o advogado Pedro Zamar Taques - irmão de Paulo Taques e primo do governado. Pedro Zamar teria um contrato de fachada com a EIG para tentar encobrir a participação de Paulo Taques no esquema.
Fonte: Gazeta Digital
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