Reforma deixa aposentadoria até R$ 30 mil mais cara e reduz em até R$ 2.708 a renda anual
Pela proposta do governo, os trabalhadores não terão mais a vantagem de poder descartar, do cálculo da média
A Câmara dos Deputados já está pronta para instalar a comissão especial que discutirá os detalhes das proposta de reforma da Previdência, que o governo Temer apresentou na PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 287 — veja o quadro abaixo e entenda melhor.
A alteração no modelo de cálculo da média das contribuições feitas e o aumento no tempo de contribuição, com a idade mínima, elevam em R$ 30 mil o valor pago pelas trabalhadoras para se aposentar e, ao mesmo tempo, reduzem em R$ 1.850 por ano o valor do benefício para as mulheres.
Para os homens, as duas mudanças aumentam em R$ 15 mil o valor necessário para se aposentar e um corte de R$ 2.708 por ano no benefício.
Pela proposta do governo, os trabalhadores não terão mais a vantagem de poder descartar, do cálculo da média, as menores contribuições feitas por ele para o INSS. No lugar, entra uma divisão de média simples, considerando todas as contribuições. Na ponta do lápis, a mulher perde logo de cara na concessão da aposentadoria 6,76% e o homem 8,09% do valor.
Segundo os cálculos do advogado Guilherme Portanova, da diretoria jurídica da Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas), uma trabalhadora com renda média equivalente a 50% do teto do INSS, teria direito a um benefício de R$ 2.105,89 pela regra atual, mas pela regra do governo o valor diminuiria para R$ 1.963,53. Para os homens, apenas a mudança no cálculo da média diminui o valor do benefício de R$ 2.572,07 para R$ 2.363,74.
Logo, a alteração na regra tiraria R$ 208,33 do valor da aposentadoria do homem e R$ 142,37 do benefício da mulher por mês. A cada ano, considerando o 13º benefício, a perda chegaria a R$ 2.708,29 para o aposentado e R$ 1.850,81 para a mulher.
Fonte: R7
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