Sem recursos extras, Estado paga salários até 20 de dezembro
"Se não sair o recurso do FEX nesta semana, tendência é de cenário parecido com o de novembro"
O secretário de Estado de Fazenda, Gustavo de Oliveira, revelou que, sem a liberação do Fundo de Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX) e de outros recursos extraordinários, os salários dos servidores públicos podem ser escalonados, novamente, até o dia 20 de dezembro.
“Teremos certeza do cenário de quarta para quinta-feira, com definições do FEX e de como se comportou a receita estadual. A programação do Tesouro é encerrar a folha antes do dia 20 com receitas próprias. Tudo isso depende de como vai estar a folha e como vai estar despesa deste mês. Essa é a projeção”, afirmou Oliveira, em entrevista à Rádio Capital FM, nesta segunda-feira (4).
Em 10 de outubro, o Estado pagou 78% dos servidores e o restante, no dia seguinte. Em novembro, 88% do funcionalismo receberam no dia 10. Quatro dias depois, foram pagos mais 8,7% dos servidores. O restante da folha foi quitado no dia 21.
Apesar disso, como o Governo Federal já liberou R$ 120 milhões de uma dívida da Conab, o pagamento sofrerá alterações.
“Se não sair FEX nesta semana e a receita se comportar como mês passado, a tendência é de que seja muito parecido com o que aconteceu em novembro: paga-se uma parte e faz-se o escalonamento. Com duas diferenças: a primeira é que esse recurso da Conab já deu um pouco mais de alívio ao caixa”, explicou o secretário.
“A segunda: no mês passado, tivemos que fazer um desembolso emergencial, no começo do mês, de R$ 50 milhões para Saúde, por conta de uma série de fornecedores que precisavam ser pagos. Isso não está programado para os primeiros 10 dias deste mês. O que está programado para Saúde é a chegada dos R$ 100 milhões das emendas. Então, temos R$ 100 milhões a mais no caixa”, acrescentou.
De acordo com Gustavo de Oliveira, o Estado apresenta um “desencaixe financeiro” de R$ 700 milhões. Ele acredita que a entrada de valores do FEX e da Conab poderão aliviar a dívida e ainda ajudar em janeiro e fevereiro do próximo ano – meses em que a arrecadação é mais baixa.
“Infelizmente, os servidores, às vezes, nos pressionam, querem uma previsão. Se dermos uma previsão hoje, tem que ser conservadora e pessimista. Isso gera um descontentamento, que nem é a realidade que se atinge. Então, é preciso ter responsabilidade na hora de falar isso”, completou.
Colniza Notícias/Midia News
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