Servidores da Educação suspendem greve após 67 dias em Mato Grosso
Os servidores públicos da educação de Mato Grosso decidiram em assembleia realizada nesta sexta-feira (4) suspender a greve da categoria que já passava de dois meses. Representantes de 78 municípios participaram da reunião, na Escola Estadual Presid
Os servidores públicos da educação de Mato Grosso decidiram em assembleia realizada nesta sexta-feira (4) suspender a greve da categoria que já passava de dois meses. Representantes de 78 municípios participaram da reunião, na Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá, e decidiram retornar as aulas já nesta próxima segunda-feira (8).
Os servidores da educação estavam em greve para cobrar aumento do piso salarial e a correção da inflação referente à diferença do piso salarial. A Revisão Geral Anual (RGA), inicialmente o motivo principal da greve, foi aprovada em 7,36%.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), a categoria conquistou durante a greve o encaminhamento das principais reivindicações dos trabalhadores, como a realização de concurso público e alterações no projeto das Parcerias Público-Privadas (PPPs) e o pagamento da diferença do piso salarial retroativo às perdas do período até dezembro de 2017.
A categoria deve retornar ao trabalho e as aulas devem voltar ao normal na próxima segunda-feira (8). Durante a Reunião, o Sintep-MT recomendou que o calendário de reposição das deva respeitar 800 horas e 200 dias letivos, evitando expediente aos sábados.
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), entre os itens acordados estão a correção da diferença do piso até dezembro de 2017. O cronograma de pagamento deverá ser entregue pelo governo até abril do ano que vem.
Também ficou estabelecido que os professores contratados que permanecerem com o contrato farão a reposição de aulas conforme calendário. Já os novos contratos serão remunerados com base na jornada semanal, levando em consideração a reposição.
Foi definido que o projeto das PPPs será concluído pelo governo e incluirá apenas as edificações e reformas dos prédios escolares. A implementação, no entanto, dependerá de deliberação e eventual aprovação nas convenções estaduais e municipais de educação.
Greve
A greve da categoria foi iniciada no dia 31 de maio, quando os trabalhadores cobravam do estado o pagamento integral e sem parcelas da RGA, no total de 11,28%. Na mesma ocasião, cerca de 30 categorias de servidores estaduais paralisaram as atividades.
A decisão dos trabalhadores foi tomada após o governo do estado anunciar que não tinha dinheiro em caixa para fazer a reposição ao funcionalismo público da perda salarial provocada pela inflação do ano passado.
O reajuste de 7,36%, parcelado em três vezes, foi aprovado pela Assembleia Legislativa. A maioria das categorias voltaram ao trabalho após a aprovação.
De acordo com levantamento feito pelo governo, 36 escolas que estavam com as aulas paradas retomaram as atividades no começo da semana, totalizando 286 em atividade. Mas, o Sintep diz que 90% das unidades ainda estavam em greve. A paralisação começou no dia 31 de maio e durou 67 dias.
Colniza Notícias/G1 MT
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