STF investiga Bezerra por propina de R$ 1 milhão em desapropriação
A investigação foi autorizada pelo ministro do STF, Luiz Fux
O deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo envolvimento na desapropriação do bairro Jardim Renascer, em Cuiabá, em 2014, último ano de gestão do ex-governador Silval Barbosa.
A investigação foi autorizada pelo ministro do STF, Luiz Fux, e segundo as delações de Silval e do ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, a desapropriação foi feita de modo fraudulento no pagamento de indenização à Valle Negócios Imobiliários Ltda, ex-proprietária da área.
Os ex-gestores confessaram que parte do valor de R$ 33,2 milhões pagos à empresa como indenização foram desviados e serviram ao pagamento de propina ao deputado federal e cinco conselheiros afastados do Tribunal de Contas do Estado (TCE), também investigados na ação.
Silval apontou que Bezerra teria ficado com R$ 1 milhão por ter feito a intermediação entre o Governo e a imobiliária.
Já Nadaf contou em sua delação que o deputado era sempre visto com o ex-procurador-geral do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, pressionando para que a desapropriação fosse concretizada.
No caso dos conselheiros afastados, José Carlos Novelli, Sérgio Ricardo, Antonio Joaquim, Waldir Teis e Valter Albano, as delações apontam que eles receberam parte do dinheiro da desapropriação do Renascer, como pagamento de suposta propina, no valor de R$ 53 milhões, cobrada para não atrapalhar o andamento de obras do Governo do Estado.
Todos deputados e conselheiros afastados são acusados pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Fonte: ReporterMT
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