TUT poderá paralisar transporte na região noroeste por falta de estradas; Lucro fica em manutenção e hora extra
As chuvas começaram mais cedo nesse ano e a falta de manutenção nas estradas da região noroeste preocupa quem trafega diariamente com passageiros. É o caso da Tut Transportes, empresa pioneira em nossa cidade, que ameaça parar de operar nas principa
As chuvas começaram mais cedo nesse ano e a falta de manutenção nas estradas da região noroeste preocupa quem trafega diariamente com passageiros. É o caso da Tut Transportes, empresa pioneira em nossa cidade, que ameaça parar de operar nas principais linhas por receio de colocar em risco a vida de quem depende do transporte rodoviário.
A insegurança foi expressa pelo gerente Gilberto Prates. Ele revelou com exclusividade à Rádio Metropolitana FM que as primeiras chuvas já causaram grandes prejuízos e a preocupação é enorme. "Quem mora na cidade pode não notar, mas como operamos em Colniza e Guariba vemos os transtornos que as chuvas vem trazendo para nós. São estradas que não receberam uma máquina em 2013 e tudo leva a crer que as coisas serão bem piores que no ano passado", disse.
A principal via de escoamento da produção da região noroeste é a BR-174, antes MT-170, que vai de Castanheira à Colniza, quase 300 quilômetros de muito sofrimento, principalmente no trecho entre Tutilândia e Colniza. "Recentemente um carro nosso caiu em um bueiro que acabou cedendo na estrada e ficou com a frente toda destruída (veja a foto acima), outro dia houve um congestionamento próximo de Colniza quando o rio Canamã transbordou após duas horas de chuva", conta Prates.
Ele explica que assim como no ano passado, no período chuvoso onde as estradas acabaram muito mais que nos outros anos, nesse ainda não teve nenhuma manutenção e terá grande dificuldade para honrar os compromissos com os clientes. "Isso está visível, se não tiver um serviço de qualidade a empresa não conseguirá prestar seus serviços como pretende realizar".
"Se você pega um carro que vai carregar vidas, vai carregar pessoas, e vai colocar no meio do mato onde tem uma estrada de péssima qualidade, as pontes estão destruídas, não é só uma questão de a gente querer parar o carro, mas é uma questão de medo de uma hora um carro desses cair numa ribanceira ou numa ponte e a responsabilidade recair sobre a empresa. Então vai chegar um ponto que a empresa vai ter que parar de operar justamente pela condição das estradas e pontes na região", desabafou.
De acordo com Gilberto, todo o lucro da empresa está ficando em manutenção dos ônibus e pagamento de folha salarial, já que o número de hora extra dos motoristas tem sido altíssimos.
"Nesse período de chuva o faturamento da empresa fica em hora extra, para se ter uma ideia, para ir de Juína para Colniza gastamos em médio 11 horas de viagem, mas nesse período vai de 20 a 30 horas e a partir do momento em que o motorista sai da garagem começa a contar tempo integral na nossa responsabilidade. Com relação a manutenção, nem no período de seca o custo caiu, já que as estradas continuaram ruins e agora continua alta nossas despesas", colocou.
Perguntado sobre o que espera das autoridades competentes, o gerente da empresa revelou que alguma providência seja tomada urgente, antes mesmo das chuvas aumentarem, o que ocorre no mês de dezembro. "As chuvas vieram mais cedo e é preciso agir rápido para evitar que cidades inteiras fiquem ilhadas, isoladas e padecendo de necessidades por conta da falta de acesso", finalizou.
Fonte: Marcelo Guedes/Metropolitana FM
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