Volta da CPMF é alvo de críticas de parlamentares da oposição e da base governista
A volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras), que o governo federal tenta emplacar, foi alvo de crítica de parlamentares e governadores. O mal-estar provocado pela proposta tende a dificultar a aprovação do novo impost
A volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras), que o governo federal tenta emplacar, foi alvo de crítica de parlamentares e governadores. O mal-estar provocado pela proposta tende a dificultar a aprovação do novo imposto no Congresso.
O senador José Serra (PSDB-SP), ex-ministro da Saúde, classificou, neste sábado (29), a recriação da CPMF como "pedalada da saúde".
Nessa área da saúde o governo federal está praticando pedalada a custo dos Estados. A pedalada conhecida é quando a Caixa Econômica paga os benefícios e o governo federal não manda dinheiro. Com os Estados na área da saúde estão fazendo algo parecido. É a pedalada da saúde.
Serra participou do ato de filiação ao PSDB do governador do Mato Grosso, Pedro Taques, em Cuiabá.
Não passam o dinheiro para a UPA e não credenciam os hospitais, por exemplo. Fazem uma série de truques para que os Estados e municípios gastem — afirmou Serra.
Também neste sábado, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou sua conta no Twitter para reiterar ser contra o retorno da taxa.
"Como já disse essa semana, sou totalmente contra a volta do CPMF", escreveu Cunha, que está em viagem oficial a Nova York para participar de evento da Organização das Nações Unidas (ONU). "Enquanto deputado, ressalto meu posicionamento totalmente contrário a essa matéria”.
Ele terminou a série de três mensagens destacando que, "nesse momento de recessão, tentar resolver problemas de caixa com aumento de imposto com certeza não é a melhor solução".
Até no próprio PT, a volta da CPMF encontra resistência.
Presidente da Comissão do Pacto Federativo do Senado, o petista Walter Pinheiro afirmou na sexta-feira (28) que firmará posição contra a volta do imposto.
Sou radicalmente contra, o imposto vai explodir a inflação e aumentar ainda mais a retração econômica.
Para ele, da forma que foi articulada, proposta não tem a "menor chance de lograr êxito".
Governadores
Governadores tucanos, de quem o governo esperava menor resistência por causa da proposta de distribuir a taxa entre União, Estados e municípios, também se colocaram contra o projeto. O governador do Pará, Simão Jatene, classificou a proposta como “brincadeira”.
Não dá para tratar como algo sério. Isso causa enorme preocupação no PSDB.
Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, também mostrou-se contrário à taxa, mesmo que o Estado venha a ser beneficiado.
Independente da distribuição, esse não é o melhor caminho.
O projeto deve fixar a alíquota em 0,38%. Deste total, 0,35% iriam para o governo federal, 0,02% para Estados e 0,01% para municípios.
Fonte: r7
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