Amazonas perde 562 km² de floresta em 2013, aponta Inpe
Manaus – O índice de desmatamento da Floresta Amazônica, no Amazonas, alcançou no ano passado, 562 quilômetros quadrados (km²), a quarta maior taxa entre os demais Estados avaliados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).O levantamen
Manaus – O índice de desmatamento da Floresta Amazônica, no Amazonas, alcançou no ano passado, 562 quilômetros quadrados (km²), a quarta maior taxa entre os demais Estados avaliados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O levantamento, que aponta o Pará (2.379 km²) no topo da lista em desmatamento é realizado, desde 1988, pelo projeto Prodes e é utilizado pelo governo brasileiro para o estabelecimento de políticas públicas. No comparativo com 2012, que registrou 523 km² de área desmatada por corte raso, os dados de 2013 tiveram um incremento de 7,4%.
Responsável também por produzir as taxas anuais de desmatamento na região, o Prodes mapeia as áreas através de imagens de satélite, com capacidade de resolução espacial de 20 a 30 metros.
Após o Pará, o Mato Grosso com 1.149 km² foi o Estado que teve a segunda maior área consumida pelo desmatamento, no último ano; seguido por Rondônia (933 km²); Amazonas (562 km²); Maranhão (382 km²); Acre (199 km²); Roraima (185 km²); Tocantins (43 km²); e Amapá (11 km²).
Em toda a Amazônia Legal, os satélites do Inpe identificaram, no ano passado, desmatamento na ordem de 5.843 quilômetros quadrados, número 27,8% maior que o registrado, em 2012, quando 4.571 quilômetros quadrados de área tiveram a remoção completa da cobertura florestal.
Com dados disponíveis desde o ano de 2007, o Prodes aponta ainda oscilações no montante desmatado. Com 405 km² de área devastada, o ano de 2009 foi o que apresentou a menor incidência, no intervalo de seis anos. No mesmo período, o ano de 2007, com 610 km², ocupou o primeiro lugar no ranking.
Realizado também pelo Inpe através do projeto Degrad, com base em imagens de satélite, outro mapeamento, desta vez de áreas com degradação florestal permite mensurar a quantidade de áreas em degradação progressiva, em um determinado ano, foram convertidas para corte raso, ou seja, foram desmatadas completamente, no ano seguinte.
Segundo os dados, de 2007 para 2008, 15 (6%) quilômetros quadrados de área de degradação foram convertidas, em um ano, a corte raso, no ano seguinte.
De 2008 para 2009, assim como de 2009 para 2010, foram oito quilômetros quadrados na mesma situação, o equivalente a 2% e 4%, respectivamente.
Entre 2010 e 2011, 11 (2%) quilômetros quadrados de área parcialmente degradada migraram para a nomenclatura corte raso. De 2011 para 2012, 56 (5%) quilômetros quadrados fizeram a conversão; e dez (1%) quilômetros quadrados de 2012 para 2013.
De acordo com o superintendente substituto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), Geandro Pantoja, municípios como Manicoré, Apuí, Lábrea, Boca do Acre e Novo Aripuanã, localizados no sul do Amazonas, figuram entre os que mais apresenttam incidência de desmatamento.
Formação de pastos e especulação imobiliária são, segundo Pantoja, as principais causas do desmatamento na região.
“Na maioria dos casos é para a formaçãod e pastos, mas também há situações em que desmatam a área até que surja alguém interessado em criar gado”, disse.
Entre as dificuldades para combater este tipo de crime, o superintendete substituto destaca, a localização das áreas em locais ermos e a não regularização fundiária, o que dificulta a identificação dos autores do crime.
“Apesar disso, o Ibama está sempre presente nestes locais coibindo o desmatamento, juntamento com o Batalhão Ambiental”, afirmou.
Fonte: Annyelle Bezerra / [email protected]
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