Após 12 dias, juíza revoga prisão de ex-secretário, que estuda delação em MT
A juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, revogou na tarde desta quarta-feira a prisão preventiva do ex-secretário de Administração, César Roberto Zílio. Ele estava detido desde o último dia 11 de março, quando foi defl
A juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, revogou na tarde desta quarta-feira a prisão preventiva do ex-secretário de Administração, César Roberto Zílio. Ele estava detido desde o último dia 11 de março, quando foi deflagrada a segunda fase da “Operação Sodoma” pela Delegacia Fazendária.
As informações são de que o ex-secretário já deixou o 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, no bairro Verdão, e já passa esta noite em sua casa no condomínio Florais dos Lagos. Advogado, ele tinha o direito de cela de estado maior e, como não existe em Mato Grosso, o Corpo de Bombeiros é utilizado como alternativa.
A revogação da prisão por parte da mesma magistrada que decretou a detenção levanta a suspeita de que o ex-secretário tenha colaborado com as investigações. O Ministério Público também emitiu parecer pela soltura dele.
Zílio foi preso sob a acusação de ter comprado um terreno de 10 mil metros quadrados na avenida Beira Rio com dinheiro de propina paga por empresários que firmaram contratos com o Governo do Estado na gestão anterior do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que está preso no centro de custódia de Cuiabá hoje somente pela terceira fase da "Operação Sodoma". O esquema da compra de R$ 13 milhões foi descoberto somente após depoimento do arquiteto José da Costa Marques, que emprestou sua empresa para fazer o negócio fraudulento.
Na segunda fase da operação comandada pela Polícia Civil, um dos principais “colaboradores” foi o empresário Willians Paulo Mischur, dono da Consignum, que gerencia o sistema de empréstimo consignado dos servidores públicos estaduais.
Informações de bastidores dão conta que César Zílio terá um prazo para entregar documentos que comprovem fraudes no palácio Paiaguás. Ele atuou como tesoureiro nas campanhas vitoriosas de Blairo Maggi (PR), hoje senador da República, e também Silval Barbosa.
Fonte: Folha Max
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