Cabo explica que pediu novo depoimento por ter esquecido muita coisa em MT
O cabo da PM deve revelar mais detalhes sobre o esquema dos grampos no Estado
O cabo Gerson Luiz Corra Junior, da Polícia Militar, presta novo depoimento nesta segunda-feira sobre o esquema de grampos ilegais no Estado. A oitiva ocorre na Vara de Justiça Militar, no Fórum de Cuiabá.
Gerson pediu para depor novamente alegando que no seu primeiro depoimento, no dia 27 de julho, estava em “estado de estava” e deixou de prestar algumas informações. Isso porque, a audiência começou às 13h30 e Gerson começou a depor só após as 13h00. O depoimento dele durou até as 5h30 da manhã.
O cabo da PM deve revelar mais detalhes sobre o esquema dos grampos no Estado. Em seu primeiro depoimento, ele atribuiu responsabilidade ao ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, e ao governador Pedro Taques a “paternidade” do esquema de grampos ilegais.
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14H20 - Correa assegura que entre os números grampeados como sendo de Roseli estava o do ex-governador. Ele ainda acusa falhas no Gaeco. "Quando os grampos foram feitos na Roseli, já sabia que ela estava em São Paulo e ele aqui. Portanto, quando houve o grampo, já sabíamos que um telefone era do Silval. A forma como vem as determinações do promotor já deixa aberto para os policiais burlarem o sistema", frisa.
14H15 - Segundo o cabo, um magistrado determina a quebra de um sigilo e deixa o acesso irrestrito. "Foi assim que fizemos para conseguir mapear os telefones da família Barbosa. Antes de iniciar a interceptação, já sabíamos que e Roseli estava em São Paulo", frisa ao confirmar que a equipe de policiais tinha contato direto com o promotor Marco Aurélio Castro, ex-coordenador do Gaeco no Estado.
14H11 - O cabo recorda que ingressou no Gaeco, em 2014, e detalha como aprendeu operar o sistema de escutas. "Aprendi sozinho e fuçando o sistema. Não é uma experiência só do Gaeco, mas uma prática comum", assinala. Correa emenda e diz que a prisão de Roseli só teve sucesso com uma atividade ilícita do Gaeco no processo de incestigação.
14H06 - Correa diz não ter mais a placa. Sobre a "Operação Ouro de Tolo", que culminou na prisão da ex-primeira dama Roseli Barbosa, esposa do ex-governador Silval Barbosa, Correa diz que se equivocou ao dizer anteriormente que os terminais telefônicos da família Barbosa estavam especificados, o que cofiguraria "barriga de aluguel". "Depois que eu depus, olhei os números e constatei que todos números estão como sendo de dona Roseli", afirmou, ao acrescentar que para conseguir os números dos familiares de Roseli fez várias pesquisas nas empresas de telefonia. Comenta que usou ordens judiciais para se chegar aos números.
14H03 - O cabo revela que em 2012 o coronel Zaqueu solicitou sua ajuda para implantar um sistema de escutas telefônicas. Todavia, o sistema conseguiu ser implantado somente em 2014. Ele mostra um documento com 34 páginas detalhando como seria a implantação do sistema e suspeita que Zaqueu já estava com as placas nas mãos há mais de dois. Comenta que as placas são semelhantes as utilizadas pelo Gaeco de Mato Grosso e que somente algum tempo foi feito um convênio de cooperação técnica.
14H00 - Gerson inicia dizendo que pediu um novo depoimento por ter prestado declarações no dia 31 d ejulho extremamente cansado e esqueceu várias coisas que poderiam contribuir com as investigações.
13H52 - O juiz Murilo Mesquita Moura chama o cabo Gerson Correa para prestar depoimento. Nos bastidores, se comenta que o cabo deve fazer novas revelações bombásticas.
13H45 - O cabo Gérson Correa acaba de deixar a sala da 11ª Vara Criminal, especializada em Justiça Militar. Os demais réus também se encontram a espera do início da audiência.
TARLEY CARVALHO
Fonte: Folha Max
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