Candidatos que mais arrecadaram foram os maiores vencedores nas urnas em MT
Apesar da Justiça Eleitoral ter limitado os gastos e proibido o financiamento empresarial em campanhas, o dinheiro arrecadado pelos candidatos ainda pesam na hora do resultado das urnas. Das 10 maiores cidades em número de eleitores de Mato Grosso, seis
Apesar da Justiça Eleitoral ter limitado os gastos e proibido o financiamento empresarial em campanhas, o dinheiro arrecadado pelos candidatos ainda pesam na hora do resultado das urnas. Das 10 maiores cidades em número de eleitores de Mato Grosso, seis elegeram o candidato com maior volume de arrecadação.
Em Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB) e Wilson Santos (PSDB), que disputam o segundo turno das eleições, foram os que mais arrecadaram entre os seis candidatos. Enquanto o peemedebista arrecadou, até o momento, R$ 1,9 milhão, o tucano obteve R$ 1,2 milhão de recursos doados. Emanuel terminou em 1º lugar com 34,15% dos votos válidos e Wilson com 28,40%.
Já no segundo maior colégio eleitoral do Estado, Várzea Grande, a prefeita Lucimar Campos (DEM) foi reeleita com uma arrecadação de cerca de R$ 951 mil, 700% a mais que o segundo colocado, o suplente de deputado, Pery Taborelli (PSC), que arrecadou cerca R$ 120 mil.
Em Tangará da Serra que é quinto em número de eleitores, o atual prefeito Fábio Junqueira (PMDB) foi reeleito arrecadando R$ 192,4 mil durante as eleições. Já Reck Junior (PSD), segundo colocado conseguiu R$ 184 mil para gastar no pleito. O terceiro colocado Vander Masson (PSDB) arrecadou o mesmo de Junqueira, R$ 192,4 mil. Porém, ficou apenas e terceiro lugar na disputa pela prefeitura do município
Em Cáceres, sexto maior município em eleitores, Francis Maris (PSDB) foi reeleito com mais 62% dos votos. O tucano arrecadou cerca de R$ 417 mil, enquanto Adriano Silva (PSB) segundo lugar nas urnas registrou R$ 245 mil.
Barra do Garças, oitovo em quantidade de eleitores, reelegeu o prefeito Beto Farias (PMDB) com 72,34% dos votos. O peemedebista conseguiu juntar R$ 352,5 mil para a disputa. Já o segundo colocado, Sandro Saggim (DEM), $ 140 mil e o último colocado, Professor Kiko (PR), R$ 40 mil.
Em Lucas do Rio Verde, a disputa foi de "milionários". O prefeito eleito Flori Binotti (PSD) desbancou o atual prefeito Otaviano Pivetta (PSB) nas urnas e no bolso. Binotti arrecadou mais de R$ 2,1 milhões, enquanto Pivetta R$ 1,7 milhão. Mesmo com todo o valor gastos, Pivetta teve a sua candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral e os votos dados a ele congelados. O município é o nono em quantidade de eleitores.
Já em outras cidades a arrecadação não foi decisiva na disputa pelo comando das prefeituras.
Em Rondonípolis, terceira maior cidade do Estado, o deputado estadual Zé Carlos do Pátio (SD) foi eleito sendo o que menos arrecadou. Pátio conseguiu pouco mais de R$ 557 mil para a campanha. O segundo colocado, o atual prefeito Percival Muniz (PPS), arrecadou R$ 873 mil e o terceiro e último colocado, Rogério Salles (PSDB), liderou a arrecadação com mais de R$ 1,5 milhão durante as eleições.
Em Sinop, que é quarta em número de eleitores, a atual vice-prefeita Rosana Martinelli (PR) foi eleita com 39,55% dos votos. Ela arrecadou cerca de R$ 961 mil, cerca de mil reais a menos que o segundo colocado, Roberto Dorner (PSD) com R$ 962 mil. O terceiro colocado, Danto Martine (PP), ficou com R$ 865 mil.
Em Sorriso, o atual prefeito Dilceu Rossato (PSB), foi derrotado mesmo arrecadando R$ 651 mil para a campanha. Ele foi desbancado por Ari Lafin (PSDB) que obteve 54,14% dos votos válidos e uma arrecadação de pouco mais de R$ 370 mil. O município é sétimo em eleitores.
Alta Floresta, a 10ª em quantidade de eleitores, reelegeu o prefeito Asiel Bezerra (PMDB). Ele foi o que menos arrecadou para a campanha com R$ 70,6 mil.
Em segundo lugar ficou Maria Izaura (PDT) com R$ 217 mil. Oliveira Dias (SD) ficou em terceiro lugar e arrecadou apenas R$ 8,5 mil. Edinho Paiva (PSC) ficou em último e arrecadou R$ 71,8 mil.
Comparativo
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os gastos eleitorais do primeiro turno deste ano despencaram 71,4% em relação ao período das eleições municipais de 2012. Os valores empregados em 2016 somaram R$ 2,2 bilhões enquanto há quatro anos o montante, corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), foi R$ 7,7 bilhões.
Outra mudança nas eleições deste ano foi a elevação da participação das doações de pessoas físicas e dos próprios candidatos em relação ao pleito de 2012. Enquanto há quatro ano a participação desses dois tipos de doações foi 37,4% do total (R$ 2,7 bilhões), este ano eles representaram 74,8% (R$ 1.9 bilhão). No geral, as doações, que haviam sido R$ 7,2 bilhões, em 2012, caíram para 2,5 bilhões este ano, uma queda de 64,62%.
Fonte: HiperNoticias
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