Com 1.500 exonerações, governo de MT prevê economia de R$ 50 milhões
Nos primeiros 42 dias do atual governo, 1.500 servidores comissionados foram exonerados para cortar gastos e esse número poderá ser mais alto. Outras eventuais exonerações podem ocorrer, dependendo do resultado de um trabalho que vem sendo feito para
Nos primeiros 42 dias do atual governo, 1.500 servidores comissionados foram exonerados para cortar gastos e esse número poderá ser mais alto. Outras eventuais exonerações podem ocorrer, dependendo do resultado de um trabalho que vem sendo feito para a reforma administrativa do estado. As exonerações devem gerar uma economia de pelo menos R$ 50 milhões ao ano aos cofres do estado, somando as despesas com salário, transporte e telefone, como estima o governador Pedro Taques (PDT). Quando tomou posse, ele havia anunciado a extinção de até 2 mil cargos comissionados.
O levantamento sobre os cargos existentes nos órgãos estaduais, bem como a necessidade de mantê-los ou extinguí-los, está sendo realizado pela Secretaria de Gestão do estado."O secretário de Administração vai definir junto com o secretário de cada pasta os cargos que devem ser extintos. Ainda não temos um limite de cortes", disse o governador, nesta sexta-feira (13), durante café da manhã com jornalistas, no Palácio Paiaguás.
Para reduzir mais despesas, já que caixa do estado encontra-se em déficit, segundo o governador, os contratos estão sendo revistos. "Para cortar mais custos, vamos analisar os contratos. Auditoria serve para isso [enxugar despesas] também", pontuou. Taques não comentou sobre o impacto dessas exonerações para o estado.
Parte dos servidores comissionados que foram exonerados era da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). Quase 200 funcionários do órgão foram dispensados desde o início da atual gestão. Na visão do presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Meio Ambiente (Sintema), Gilcélio Lima, algumas exonerações eram necessárias, mas que o governo precisa realizar concurso público para contratar profissionais que possam atender a demanda da pasta.
"Sempre defendemos a realização de concurso público. A Sema é uma secretaria muito complexa que depende de mão de obra para funcionar", afirmou o sindicalista. Ele avaliou, no entanto, que alguns cargos comissionados existentes na pasta precisam, de fato, serem extintos, já que a função tinha sido desvirtuada, como o de agente ambiental. "Essa função acabou sendo desvirtuada e essas pessoas passaram a atuar em outros setores. Nesse novo governo esse cargo deve ser extinto, pois não estava cumprindo com a finalidade para o qual tinha sido instituído", pontuou.
As exonerações e outras medidas, entre elas a suspensão de todos os pagamentos e paralisação das obras de infraestrutura, resguardadas as exceções, pelo período de 90 dias. Logo que assumiu o governo, Taque extinguiu cinco secretarias, de Comunicação Social (Secom), de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), de Esportes e Lazer (Seel), além da Secretaria Extraordinária da Copa de 2014 (Secopa) e da Secretaria Extraordinária das Ações do Gabinete do Governador, e promoveu alterações em outras seis delas.
Quando assumiu o governo, Pedro Taques divulgou que o déficit financeiro do estado poderia chegar a R$ 2,5 bilhões. Por causa disso, anunciou essas ações que poderiam amenizar a situação financeira do estado.
VLT
Na mesma entrevista, Pedro Taques comentou sobre as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que ainda seguem indefinidas, após a constatação de que seria necessário pelo menos mais meio bilhão de reais para colocar o projeto em prática. Ele aguarda a realização de um estudo para verificar se o VLT, até então orçado em R$ 1,4 bilhão, se paga ou não. "Defendo que a obra seja terminada, mas quem vai dizer sobre a viabilidade de dar continuidade à obra são os técnicos".
Enquanto senador, Taques disse que vinha acompanhando a obra desde que o VLT substituiu o Bus Rapid Transit (BRT), que consiste na construção de corredores exclusivos para os ônibus coletivos, e que apontou uma série de irregularidades, mas que nada foi feito. Segundo ele, cerca de 600 irregularidades foram identificadas.
Fonte: Pollyana Araújo Do G1 MT
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