Deputada cobra posição da Assembleia sobre suposto esquema
A vice-presidente do PSB em Mato Grosso, deputada estadual Luciane Bezerra, cobrou da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa providências em relação aos parlamentares que tiveram seus nomes citados em supostos esquemas ilícitos, investigados na Opera
A vice-presidente do PSB em Mato Grosso, deputada estadual Luciane Bezerra, cobrou da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa providências em relação aos parlamentares que tiveram seus nomes citados em supostos esquemas ilícitos, investigados na Operação Ararath.
Em entrevista ao Midia News a deputada afirmou que espera um posicionamento da AL assim que a Polícia Federal concluir a investigação.
“Só podemos fazer algo quando as investigações estiverem concluídas, porque agora é cedo para julgamentos. A partir do momento em que for conclusiva a Ararath, a Assembleia Legislativa vai ter que tomar algum posicionamento, principalmente a Mesa Diretora”, disse a deputada.
“É bom esperar concluir certas conversas, escutar Eder Moraes, que é uma peça fundamental e pivô de toda essa tramoia; ouvir o senador Blairo Maggi, o próprio José Riva... Então, tem muita gente que ainda tem que ser ouvida. E a Polícia Federal ainda tem que dar alguns encaminhamentos”, disse.
Há duas semanas, agentes federais apreenderam, na residência do ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes (PMDB), uma lista com nomes de deputados estaduais e prefeitos que teriam recebido repasses de dinheiro.
A PF acredita que Eder seja o líder de um esquema que alimentava campanhas eleitorais e e dava respaldo político, por meio de empréstimos tomados com o empresário Júnior Mendonça.
Entre os deputados citados, estão Guilherme Maluf (PSDB) e Adalto de Freitas (SDD), o Daltinho.
Além deles, o deputado estadual e ex-presidente da Assembleia, José Riva (PSD), chegou a ser preso durante a operação.
A decisão foi do ministro do STF, Dias Toffoli, que, em seguida, a revogou, com a justificativa de ter sido induzido ao erro.
Para Luciane Bezerra, o assunto não deve ser explorado nas campanhas eleitorais deste ano, a menos que haja a conclusão a tempo das investigações.
“Acho que vai ser mais explorada, nessas eleições, a questão das obras da Copa que não foram terminadas, no tocante a superfaturamento, má qualidade... Acho que a Copa do Mundo vai reger as eleições, tanto estaduais, quanto as presidenciais. Vai aparecer muita sujeira que está embaixo do tapete”, disse a parlamentar.
Sobre a situação de seu correligionário, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, a deputada minimizou e afirmou que não há nada de concreto contra ele.
“Só há suposição de alguma coisa. Ele confirmou o empréstimo, mas ainda não pagou. E a acusação é de que ele teria pagado com dinheiro público. Isso é uma acusação muito forte. Nada foi pago ainda e acho que não justifica o que foi falado”, defendeu.
Mendes teve seu gabinete e residência revistados por agentes federais, durante a Operação Ararath, para verificar documentos sobre um empréstimo que ele fez junto à empresa Amazônia Petróleo, no valor de R$ 3.450.000,00, durante campanha eleitoral, em 2012.
Fonte: Midia News
O que achou? ... comente