Em Colniza a greve continua
Na 4ª feira dia 16/09/2015, os Profissionais da Educação da Rede Municipal de Ensino encontrava-se reunidos na Escola Municipal Bom Jesus, quando as 16:16 hs, apareceu o oficial de justiça acompanhado do Advogado da Prefeitura para intimar a President
Na 4ª feira dia 16/09/2015, os Profissionais da Educação da Rede Municipal de Ensino encontrava-se reunidos na Escola Municipal Bom Jesus, quando as 16:16 hs, apareceu o oficial de justiça acompanhado do Advogado da Prefeitura para intimar a Presidente do SINTEP/COLNIZA, Professora Ruth de Souza Almeida. A intimação é uma Petição do Des. João Ferreira Filho, o mesmo que concedeu a liminar declarando a ilegalidade da greve sob pena de multa diária de R$ 10.000,00.
Porém como a categoria decidiu pela continuidade da greve enquanto a assessoria jurídica do SINDICATO recorre da decisão. Ainda nem saiu a decisão do recurso e o mesmo desembargador encaminha novo documento para que os Profissionais da Educação retorne as suas atividades. Diante dessa situação os Profissionais da Educação que estavam ali reunidos decidiram que realizariam uma nova reunião na 5ª feira dia 17/09/2015 às quatorze horas na Escola Municipal Bom Jesus para deliberar sobre a apreciação do então documento que determina que a continuidade da greve está sujeita a multa diária de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para o SINTEP e de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
A categoria durante a reunião avaliou que a decisão do desembargador é no mínimo arbitrária, uma vez que o mesmo não realizou uma audiência pública para ouvir os dois lados e não aguardou o resultado do recurso interposto pelo SINDICATO DOS TRABALHADORES DO ENSINO PÚBLICO DE MATO GROSSO. Diante do atual cenário a categoria decidiu pela continuidade da greve, pois entende que o Prefeito não deve resolver as coisas somente através de medidas judiciais, mas através do diálogo e de propostas realmente concretas.
As maiorias de nossas reivindicações não geram impacto financeiro, apenas é uma questão de querer organizar a casa e colocar as coisas em ordem. A classe entende que se a Educação é prioridade ele deve ser tratada com prioridade, ou ela é prioridade somente na hora de fazer os professores encerrarem a greve, mas na hora de investir, assegurar os direitos, garantir condições adequadas de trabalho e valorização dos Profissionais da Educação ela deixa de ser prioridade.
O atual Prefeito criou em Colniza um clima de instabilidade e terrorismo psicológico, ameaçando os servidores de demissão e corte de salário. Tal atitude tem apenas demonstrado que o atual gestor não tem compromisso com a Educação e desconsidera os anos de experiências de todos(as) aqueles(as) que tem o papel mais importante de todas as profissões, pois são eles que preparam para todas as outras profissões. O atual PREFEITO, com posicionamentos políticos equivocados vem a cada dia através do seu exército de opressores, oprimindo e terrorizando os trabalhadores(as) da Educação de Colniza.
Ao que parece a máscara do Secretário de Educação caiu e suas falas refletem o desespero de quem está sendo pressionado pelo Gestor municipal para que mantenha sua tropa de choque sob controle, incitando-a aterrorizar os/as profissionais grevistas para que estes/as desistam do movimento, pois sua cabeça está a prêmio.
As falas também, de vários profissionais que atuam na Secretaria de Educação e na Própria administração afirmando que os diretores não podem apoiar o sindicato e que os diretores devem proibir os profissionais a aderir à greve é de alguém que não entende nada de sindicalismo e de um primarismo absoluto.
Lembramos ao secretário e subsecretario de Educação e também a estes profissionais que agem de tal forma, que antes de qualquer coisa os/as diretores/as e coordenadores são profissionais da educação e a eles é garantido o direito a filiação sindical, e apoiar a greve ou não, é seu direito legítimo. Exigir que eles ajam como cargos de confiança, no caso dos que foram eleitos, é um tanto estranho, pois os mesmos não foram eleitos para serem pelegos, porque sabemos que os pelegos ignoram as reivindicações de sua base para negociar com o patrão. Ignorando a constituição e tentando passar por cima da categoria.
A maneira de agir do Secretário e Subsecretario e de vários profissionais da secretaria de educação, demonstra a forma maniqueísta e despreparada na condução de qualquer pleito dos/as trabalhadores da educação colnizense, pois o que ele tentam fazer é convencer o sindicato a negociar não o direito dos/as trabalhadores/as, mas sim aquilo que o governo quer, que na verdade é nada, é nenhum atendimento das reivindicações.
O SINTEP-MT é o legítimo representante dos/as trabalhadores/as em educação do Estado de Mato Grosso, são cinco décadas de luta, e um governo que se diz democrático precisa respeitar essa instituição e não fazer o trabalho leviano que tenta deslegitimá-lo perante a sociedade.
A acusação do prefeito de que o sindicato não representa os/ os/as professores não é verdade e sua acusação e do secretario de educação de que não propomos reunir para a negociação é outra falácia, pois até o momento o poder executivo não propôs negociação e não apresentou uma proposta real, portanto, não ocorreu nenhuma negociação.
Por isso, o SINTEP-MT repudia todo e qualquer ato de coerção por parte do gestor, que venha a atingir os direitos dos/as trabalhadores/as, pois este tipo de atitude se constitui em assédio moral, uma total falta de respeito a democracia e a entrevista dele é apenas a ponta do iceberg do clima de terror instalado dentro das escolas municipais, seja da zona urbana ou rural, quando afirma cortar o ponto dos profissionais.
“É impressionante o quanto o “Gestor” e a “Secretaria de Educação Municipal” de Colniza tratam com desprezo e desdém o “direito à educação” dos menos favorecidos deste município. Principalmente as escolas rurais por conviverem com problemas de ordem histórica, ambiental e pedagógica que de certa forma, deixam o trabalho dos professores destas localidades cada vez mais fragilizado. Mesmo sabendo desta difícil realidade, o Sr. Prefeito e seu Secretário de Educação ignoram tudo, transgridem leis e agem como se fossem verdadeiros coronéis onde a Lei é a do Patrão e não as Leis vigentes e democraticamente contruídas.
É penoso e cruel vermos professores, adolescentes, pais e crianças serem penalizadas em virtude da falta de perspectiva deste município. Pergunto-lhe: Quais são os verdadeiros CULPADOS por CEIFAR o ano letivo dos alunos e profissionais da educação de Colniza? As cenas depreciativas e humilhantes vão muito além do tolerável. Vemos os direitos dos profissionais sendo negados, os alunos sem condições adequadas de estudarem e os profissionais sem condições adequadas para trabalhar e não sendo valorizados.
Ficamos estarrecidos com a postura do Secretário e subsecretario de Educação, que sendo professores, possam compactuar dos mesmos ideais do gestor e seus assessores – postura minimamente vergonhosa!
Imagine… O que dizer do juramento feito por Joel Candioto e Aleison Martins em sua graduação? Quais exemplos estão sendo dados por estes professores para alunos e ex-alunos? Como pode uma pessoa ocupar tantos cargos e funções ao mesmo tempo? Responda-nos subsecretario! Nos preocupamos com os alunos, que através de suas aulas participa ou participaram desta celeuma estranha, medonha e tenebrosa de segregar alunos, pais e professores. Esta é a razão de lutarmos por nossos alunos e pelos nossos ideais, contra o desrespeito do pode executivo e sua gestão desastrosa e truculenta para com os profissionais da educação da rede municipal de Colniza-MT.
A exoneração de professores da rede municipal durante este período de greve, exoneração injusta, aviltante e retaliativa, dentre elas a da presidenta do sindicato, importante militante do movimento que luta pela justa valorização profissional e pela melhoria da educação desta cidade, desafiando assim, a ira e o ódio daqueles que detém o poder e que desvalorizam a educação e desapreciam o direito à liberdade de expressão.
Ao serem questionados por tal ato, desprovidos de caráter e com um comportamento obediente e serviçal, não hesitaram em descrever um conjunto de mentiras e calúnias, tudo para satisfazer aos caprichos do prefeito deste município, que é o de, perpetuar um maquiavélico sistema de terrorismo e de toda ordem de constrangimento contra os servidores públicos municipais de educação que não “rezam na sua cartilha”.
Diante do exposto, fica evidenciado o modo provinciano pelo qual a atual prefeito faz política, sempre autoritário e ditatorial, a fim de silenciar a voz dos movimentos sindicais e de toda a sociedade civil. Todavia, os honrosos e guerreiros profissionais desta rede de ensino, jamais se calarão diante de tamanhas injustiças propagadas por este grupo que ao perseguir os funcionários, mostra que não entende nada de educação, a não ser da educação do medo e do silêncio.
O ato irresponsável de exoneração contra os servidores é uma medida desumana sem o mínimo de respeito por parte da secretaria de educação municipal para com a classe, e o que mais incomoda é de que tudo foi planejado e executado de forma arbitrária. É exatamente assim que temos visto como foi conduzido o processo de exoneração, tudo por não aceitar que os servidores utilizem o direito de se manifestar democraticamente na busca incansável pelos seus direitos constituídos em lei.
Para tanto, que fique registrado a nossa insatisfação e repúdio aos atos cometidos pela administração municipal de Colniza através da secretaria de educação. É inconcebível que, em pleno século XXI, gestores públicos cometam tais arbitrariedades.
Só espero que o prefeito se conscientize e entenda que os profissionais da educação têm compromisso com a qualidade da educação e é firmado neste compromisso que continuamos aguardando uma contra proposta por parte do executivo municipal.
Entendemos que num estado democrático de direito, é livre a manifestação e protesto contra o que aflige a população como um todo ou grupos ou parcelas da população e isso é liberdade política e de expressão! O “prefeito não tem real conhecimento do comprometimento, do profissionalismo e da responsabilidade dos profissionais da rede municipal de ensino, com a educação.
As declarações cheias de inverdades dadas pelo prefeito e pelo secretario de educação, é uma tentativa de desmoralização da classe e evidencia o autoritarismo do prefeito e total desrespeito com os trabalhadores/as da educação, representados pelo SINTEP, que é referencia nacional em termos educacionais devido às lutas pelo fortalecimento da educação pública, gratuita, democrática, laica e de boa qualidade para todos. Os ataques vindos também da parte dos assessores do prefeito são típicos de quem não tem compreensão do que é a docência, de quem jamais participou da elaboração de um plano de ensino ou de um projeto pedagógico.
Triste, porém aliviada após escrever este texto que deixa meu repúdio ao gestor municipal de Colniza e seus assessores de plantão, que busca o crescimento em cima de quem trabalha e conquista seu espaço sem atropelar ninguém.
Fonte: Sintep/Subsede Colniza-MT
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