Empresa de MT que doou para Dilma é investigada por fraudes na Sefaz
A Corregedoria da Secretaria de Estado de Fazenda instaurou nesta segunda-feira sindicância para apurar a suspeita de desvio de conduta do fiscal de tributos, Benedito Henrique de Carvalho Neto, suspeito de excluir a Fiagril LTDA de lançamentos do Siste
A Corregedoria da Secretaria de Estado de Fazenda instaurou nesta segunda-feira sindicância para apurar a suspeita de desvio de conduta do fiscal de tributos, Benedito Henrique de Carvalho Neto, suspeito de excluir a Fiagril LTDA de lançamentos do Sistema de Conta Corrente em desacordo com a legislação tributária. Dessa forma, a empresa estaria se beneficiando irregularmente de isenção de impostos estaduais.
A empresa tem como um dos proprietários o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz (PSDB), e é investigada pela Polícia Federal na Operação Terra Prometida, deflagrada para desmantelar uma quadrilha que comercializava assentamentos destinados a reforma agrária na região Norte de Mato Grosso, como o município de Lucas do Rio Verde. O grupo teria se beneficiado em cerca de R$ 1 bilhão através da utilização indevida de áreas proutivas destinadas a reforma agrária entre as cidades de Ipiranga do Norte e Itanhangá.
A Fiagril também se notabilizou também pelas doações financeiras volumosas na campanha eleitoral de 2014. A quantia de R$ 350 mil foi repassada a campanha da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), que posteriormente veio a ser nomeada ministra da Agricultura pela presidente Dilma Rousseff (PT). A petista também recebeu R$ 80 mil de doação.
A campanha do atual governador Pedro Taques (PDT) também foi contemplada com R$ 300 mil. Ao todo, a empresa doou R$ 1,2 milhão para os mais variados candidatos nas eleições de 2014.
Conforme divulgado no Diário Oficial do Estado (DOE) de segunda-feira (16). As investigações em caráter disciplinar serão conduzidas pelo analista administrativo Icea Mesquita Borba Farias Gomes (presidente), pelo agente de tributos estaduais Manoel da Silva Mantero e a agente de administração fazendária Helena de Lucena Borges, amos como membros. A sindicância deverá ser concluída no prazo de 30 dias e pode levar a conversão de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), culminando assim numa advertência por escrito ou até mesmo a uma punição mais severa que é a demissão do serviço público.
Fonte: Rafael Costa-Folha Max
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