Geller tem respaldo de Dilma para ficar
Crescem nos bastidores e ganham repercussão na imprensa nacional as informações de que o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller (PMDB), pode ser substituído no primeiro escalão do staff da presidente Dilma Roussef (PT)
Crescem nos bastidores e ganham repercussão na imprensa nacional as informações de que o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller (PMDB), pode ser substituído no primeiro escalão do staff da presidente Dilma Roussef (PT), pela presidente da Confederação Nacional da Agricultura, a também peemedebista Kátia Abreu, reeleita neste ano senadora por Tocantins.
A especulação e o lobby de lideranças políticas pró-Katia são grandes, mas a senadora enfrenta o bom desempenho de Geller à frente da pasta e o respaldo dado pela própria classe produtora ao gestor, principalmente o do senador Blairo Maggi (PR), que goza de grande prestígio junto ao Palácio do Planalto, como reportou o site da revista Época, em nota assinada pelo jornalista político Felipe Patury.
Nesses quase dois anos dentro do ministério, 15 meses como secretário de Políticas Agrícolas e oito como ministro, Geller ganhou espaço e independência e se aproximou de Dilma. A agenda do ministro é intensa e a demanda de atividades junto à Presidência são constantes.
O clima, segundo fonte, é favorável para o produtor continuar no cargo. É verdade, porém, que a única certeza que se tem, reconhecida pelo próprio ministro, é de que o futuro de Geller no Mapa é incerto e vai depender, principalmente, do PMDB, ao qual cabe a prerrogativa de indicar um nome para ocupar o cargo.
Ainda neste caso, o quadro é positivo, tendo em vista que o ministro estreitou relações com as lideranças nacionais da sigla, ficando bem posicionado no partido. Presidente do PMDB em Mato Grosso, o ex-governador e deputado federal Carlos Bezerra, considera como infundada a informação de que Kátia Abreu será indicada pelo partido nos próximos dias e lembra que a indicação deve partir dos peemedebistas da Câmara de Deputados. A reportagem tentou contato com Valdir Raupp, presidente nacional da legenda, para apurar os bastidores, mas sem êxito.
O ministro segue o discurso de tranquilidade frente a possíveis mudanças e evita comentar as especulações que estão surgindo. “Não vou me envolver com essas informações. A cada dia surge um nome novo, uma história diferente. Estou tranquilo quanto ao trabalho que fiz. Mas não posso afirmar que vou ficar ou que vou sair. Essa é uma decisão da presidenta Dilma e do meu partido, o PMDB”, disse ao telefone, pouco antes de embarcar para a China e os Emirados Árabes para acompanhar uma delegação de empresários. Caso o quadro se concretize, Geller pretende seguir com os trabalhos. De representantes do setor produtivo do Estado, o ministro sofre cobranças para investimentos em infraestrutura, principal gargalo da área.
Renan Marcel, repórter de A Gazeta
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