Igreja com sede em Cuiabá tem embate com políticos do MS
A igreja convocou a imprensa para se defender do que considera perseguição política
Passado um ano e seis meses desde que Gilmar Olarte deixou o cargo de prefeito de Campo Grande(MS), em 25 de agosto de 2015, afastado por ordem judicial, a igreja evangélica que ele fundou naquela capital, a Assembleia de Deus do Brasil, ainda tenta se desvincular da sua imagem.
Na data de ontem (9), em entrevista coletiva, o atual comando da igreja anunciou que a instituição está trabalhando fortemente na mídia e nas 120 comunidades onde tem atuação na Capital para por fim a qualquer tipo de vínculo com o ex-prefeito.
“Gilmar Olarte não faz mais parte da nossa igreja. Ele não tem mais vínculo nenhum com a nossa igreja. Enquanto ele estiver respondendo a processos na Justiça estaremos distantes dele”, disse o pastor Ismael Lídio, assessor do presidente da instituição, pastor Jânio Faustino, em entrevista ao Campo Grande News, por telefone.
A igreja convocou a imprensa para se defender do que considera perseguição política que, segundo o pastor Ismael Lídio, pode levar a instituição a perder a área pública onde desenvolve seus trabalhos sociais sob a condição de permissão de uso no bairro Coophamat, rua do Sul, 54.
“A gente vem sofrendo várias retaliações em razão da disputa do Bernal com o Olarte. Por conta disso está na Justiça o pedido da prefeitura para retomar a área que a gente está usando há mais de 8 anos com aulas gratuitas de música informática e linguagem de sinais, reforma de cadeira de rodas e corte de cabelo”, disse o pastor Ismael Lídio, referindo-se ao embate entre o prefeito Alcides Bernal, que perdeu o cargo para o seu vice, Gilmar Olarte, ao ser cassado em março de 2014, e acabou retornando à Prefeitura em agosto de 2015 com o afastamento de Olarte.
Em março de 2016, o MPE-MS (Ministério Público Estadual) recomendou ao prefeito Alcides Bernal (PP) a retomada da area pública ocupada pela igreja, sob a alegação de ilegalidade no seu uso.
“O pedido de retomada do terreno alega que usamos a área para realizar cultos religiosos, mas isso não é verdade. Usamos a área para os nossos trabalhos sociais com as comunidades que a nossa igreja trabalha”, garantiu o pastor Ismael.
MUDANÇA DE NOME DA IGREJA
Em agosto de 2015, depois de ser afastado da prefeitura de Campo Grande por ordem judicial, Gilmar Olarte sofreu outra derrota judicial, mas no âmbito religioso. A igreja fundada por ele foi proibida de utilizar a marca e o logotipo de ADNA (Assembléia de Deus Nova Aliança).
A liminar foi concedida a pedido da igreja evangélica ADNA (Assembleia de Deus Nova Aliança) – Ministério Santa Cruz, com sede em Cuiabá, Mato Grosso, fundada em 2002, sob a alegação de que a ADNA do Brasil, com sede em Campo Grande e fundada por Olarte em 2009, estava usando marca e o logotipo sem autorização.
Fonte: 24 Horas News
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