Indígenas Enawenê-Nawê X Enawenê-Nawê contra mais pontos de cobrança de pedágios na BR 174 em Juína
Indígenas da etnia Enawenê-Nawê divulgaram uma carta assinada por Dalaiyamaçê Enawenê e Dodowau Enawenê, informando a criação de novo ponto de pedágio na BR 174, na localidade do 180 a 60 km da sede do município de Juína. Segundo os indígenas
Indígenas da etnia Enawenê-Nawê divulgaram uma carta assinada por Dalaiyamaçê Enawenê e Dodowau Enawenê, informando a criação de novo ponto de pedágio na BR 174, na localidade do 180 a 60 km da sede do município de Juína.
Segundo os indígenas pelo menos três membros da comunidade se rebelaram com os demais e criaram o novo ponto de cobrança, A grande maioria da comunidade segundo uma liderança indígena, não concorda com tal prática.
Eles encaminharam a solicitação de providência para as autoridades para a Coordenação Regional em Mato Grosso.
No documento os indígenas recomendam a Associação de Fretes de Juína e Brasnorte para não levarem Indígenas para a localidade onde são cobrados os pedágios, no documento produzido, eles afirmam que as gráficas também estão proibidas de fazerem impressões de recibos de pedágios.
A reportagem do site JNMT procurou a OAB de Juína que informou que a entidade no município por intermédio da ordem de Mato Grosso encaminhou Ação Cautelar Inominada pedindo providencias ao Ministério da Justiça para proibir a cobrança de pedágios onde quer que seja na BR 174.
“O Ministério recebeu nosso pedido e determinou com ação da Polícia Federal a retirada dos indígenas desses locais e consequentemente suspendendo a cobrança, só que tem um porém, não se sabe por que razão, mas o Ministério cumpriu o pedido só que na BR 164 que não tem nada a ver com o pedido da OAB de Juína que foi pela BR 174, diante disso fizemos novamente outro pedido”, destacou o advogado Osvaldo Lopes, presidente da ordem em Juína.
Há anos segundo Dodowau Enawenê existe dois pontos de pedágios, distante de Juína 100 km e num intervalo de dez Km onde são cobrados R$ 20,00 e R$ 30,00 por veículo, o novo ponto criado fora da área indígena tem valor de R$ 50,00, ou seja, quem tiver de passar pelo local terá de desembolsar R$ 100,00.
“Isso é o cúmulo, o que nós da sociedade não indígena temos a ver com a falta de compromisso do governo federal, não podemos ser penalizados por que eles não são atendidos, eles devem realmente fazer suas cobranças a quem tem obrigação de fazer, a sociedade não pode ser vitima de uma situação dessas” frisou o advogado Osvaldo Lopes.
Fonte: Cleber Batista JNMT
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