Maiores empresas de Mato Grosso estão concentradas em 14 cidades
As empresas que mais geram empregos em Mato Grosso estão concentradas em apenas 14 municípios, é o que mostra dados apresentados pelo Gabinete de Transparência e Combate à Corrupção (GTCC), nesta semana. Ao todo são 28 empresas que geram mais de
As empresas que mais geram empregos em Mato Grosso estão concentradas em apenas 14 municípios, é o que mostra dados apresentados pelo Gabinete de Transparência e Combate à Corrupção (GTCC), nesta semana. Ao todo são 28 empresas que geram mais de 300 empregos diretos e desfrutam integralmente do beneficio fiscal, ou seja, possuem fruição total. Desse montante, seis estão instaladas em Rondonópolis, cinco na Capital e três em Várzea Grande, o que representa quase 50% do total.
As demais estão instaladas nos municípios de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Jaciara, sendo duas unidades em cada e Mirassol d’Oeste, Diamantino, Barra do Bugres, Sinop, Sorriso, Colíder, Barra do Garças e Campo Novo do Parecis com apenas uma. Das atividades, muitas são do ramo alimentício, com indústrias frigoríficas de bovinos, suínos e aves, entre elas a BRF – Brasil Foods S.A, originada da fusão entre Sadia e Perdião, a Natural Poork – antiga Intercoop, a JBS Friboi e a Marombi Alimentos. Em seguida, aparecem às indústrias moveleiras como a Gazin, Novo Mundo e Móveis Romera.
Nesta lista, ainda consta a fábrica Santana Têxtil, localizada às margens do anel viário em Rondonópolis. Entretanto, sob reflexo da atual conjuntura econômica vivida no país, aliado ao aumento das importações de produtos chineses, a empresa fechou as portas no mês de maio, demitindo cerca de 500 funcionários. A empresa estava em recuperação judicial e chegou a ser a maior empregadora da iniciativa privada na cidade.
As informações são da secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec) responsável pela atualização dos dados. Essa é a primeira vez que o governo do Estado divulga as empresas que recebem e as que estão cortadas de programa de incentivo. Ao todo, são 461 empresas cadastradas no Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic) que recebem fruição total.
De acordo com a secretária do GTCC, Adriana Vandoni, a divulgação possibilita que a população fiscalize melhor. “E impede que os incentivos fiscais sejam usados em barganhas políticas e financeiras, como vinha sendo usado”, complementa.
Mário Okamura/Rdnews
Empresas que mais geram empregos em Mato Grosso estão localizadas em apenas 14 cidades das 141 existentes. 50% delas estão nos três maiores municípios
Atualmente Mato Grosso vem rediscutindo as políticas fiscais. Quando eleito, o governador Pedro Taques (sem partido) assumiu o compromisso de revisar as políticas referentes aos incentivos fiscais. A reformulação está sendo conduzida pelo secretário de Desenvolvimento Economico, Seneri Paludo.
Prova disso, é o trabalho que o Conselho de Desenvolvimento Empresarial (Cedem) vem desenvolvendo. Em maio deste ano, o Conselho decidiu pelo desenquadramento de uma empresa do Prodeic e determinou a notificação de outras 19 para que regularizem falhas formais e legais encontradas nos processos.
O tema é polêmico e divide opiniões especialmente porque Mato Grosso é um estado afastado dos principais eixos econômicos, como São Paulo e Rio de Janeiro. Principais defensores têm esse argumento para ampliação dos incentivos em Mato Grosso. “Sou daqueles que defendem a guerra fiscal. Não devemos discutir a proibição dos incentivos, mas como fazê-los e de forma mais transparente”, diz o senador Blairo Maggi (PR).
Já na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia Alan Zanatta renovou por mais dez anos, sem qualquer sanção ou regra, os benefícios fiscais já concedidos, estendo o prazo para até 31 de dezembro de 2023. Na época, o secretário chegou a argumentar que a decisão ocorreu porque outros estados, próximos aos grandes centros, fizeram a renovação sem fixar qualquer tipo de norma.
Colniza Noticias/RD News
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