Mato-grossenses trabalham 5 meses só para pagar impostos
O mato-grossense, assim como o brasileiro, trabalhou este ano 5 meses - ou seja de janeiro a maio - apenas para pagar impostos.É o que mostra o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), que faz o levantamento tributário no país.O Estado
O mato-grossense, assim como o brasileiro, trabalhou este ano 5 meses - ou seja de janeiro a maio - apenas para pagar impostos.
É o que mostra o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), que faz o levantamento tributário no país.
O Estado de Mato Grosso arrecadou, em impostos, de janeiro até o dia 4 dezembro deste ano R$22.97 bilhões de reais.
No mesmo período em 2015, arrecadou um pouco menos, chegando a R$ 21.93 bilhões.
O Estado tem uma representatividade pequena no cenário nacional em arrecadação, apenas 1,25%. O Estado de São Paulo é o "campeão", com 37,42%. O Brasil registrou até agora mais de R$18,43 trilhões de reais.
A capital mato-grossense recolheu até domingo, 4 de dezembro, 55,24 milhões de reais em impostos.
Os tributos arrecadados pelo Governo Estadual são contribuições sobre o Comércio de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto de Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD).
Pra se ter uma ideia do quanto isto onera o bolso do contribuinte, podemos exemplificar da seguinte forma: uma pessoa que ganha R$ 1 mil líquidos recebeu até novembro R$ 11 mil, mas tirando os R$ 5 mil que foi destinado a pagamento de impostos, só sobrou para ela R$ 6 mil.
Diante deste grande volume de arrecadação, segundo o IBPT, o brasileiro trabalhou 153 dias deste ano para pagar impostos.
O equivalente há cinco meses e um dia trabalho, ou seja, o contribuinte trabalhou até o dia 1 de junho de este ano para liquidar os tributos (impostos, taxas e contribuições) exigidos pelos governos federal, estadual e municipal.
Atualmente, o brasileiro trabalha o dobro do que se trabalhava na década de 70, para pagar a tributação. A partir do início do ano de 2015, houve uma série de aumento de tributos.
De acordo com o economista Jonil Vital de Souza, o Brasil é o país que mais arrecada impostos da América Latina.
A carga tributária praticada hoje no país é de 32,66%, conforme dados da Receita Federal.
O Brasil tem uma carga tributária maior comparada a países que estão no mesmo grau de desenvolvido como a Rússia (23%), China (20%), Índia (13%) e África do Sul (18%).
Souza destaca que os setores que mais recolhem impostos é o de comércio varejista, comunicação, energia e combustível.
O economista explica que mesmo com a alta arrecadação de impostos, o governo não destina corretamente o dinheiro arrecado, os serviços básicos como segurança, saúde e educação ainda são deficitários para a população. “O que falta para os governantes é gerenciar melhor os gastos públicos e não praticar a corrupção”.
O que chama a atenção também é o percentual de carga tributária, que cresceu quase 10% nos últimos 20 anos, na década de 80 era pago 23%.
Souza relata que, proporcionalmente, quem ganha menos paga mais impostos, já que os maiores tributos estão sobre os produtos de consumo e serviços, neste caso gastam o salário comprando alimentos e pagando despesas domésticas.
Com a crise econômica do país, o economista acredita que o governo não deveria aumentar os impostos no próximo ano. A expectativa é que se mantenham como está hoje e que a máquina pública tenha mais eficiência na aplicação do dinheiro para equilibrar as contas.
Fonte: Gazeta Digital
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