Neri Geller vê condições para permanecer no Mistério e se dispõe a ajudar Taques
O ministro da Agricultura Neri Geller (PMDB), que acompanhou a apuração dos votos em Brasília ao lado da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) e dos outros membros da equipe ministerial, afirma que está preparado para permanecer no cargo no segundo
O ministro da Agricultura Neri Geller (PMDB), que acompanhou a apuração dos votos em Brasília ao lado da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) e dos outros membros da equipe ministerial, afirma que está preparado para permanecer no cargo no segundo mandato da petista. “Vejo a questão da permanência com muita tranquilidade. Deixa acontecer. Se for para ficar, eu fico. Caso meu período termine até o final do ano, será resultado da composição política e do reagrupamento das forças nacionais”, declarou o peemedebista durante coletiva para avaliação da campanha em Mato Grosso, realizada nesta segunda (27), no Hotel Odara, em Cuiabá.
Neri também lembra que sempre esteve próximo da presidente e da bancada ruralista durante a atuação no Ministério da Agricultura. Além disso, acredita que reúne as condições para seguir trabalhando pelo setor e fazendo as mudanças necessárias na pasta. Como exemplo das mudanças, cita a nomeação de Seneri Paludo para substituí-lo na secretaria Nacional de Políticas Agrícolas. O mato-grossense deixou a secretária-executiva da Famato para assumir o posto no Ministério da Agricultura.
Segundo Neri, sua atuação ministerial sempre foi pautada pelas demandas do setor em Mato Grosso e no Brasil. Entre as ações que o credenciam para permanecer, elenca a regulamentação do Código Florestal, a condução de dois Planos Safra com aumento de recursos de R$ 115 bilhões para R$ 156 bilhões e redução dos juros de 12% ao ano para até 3,5%, bem abaixo da inflação do período.
Outros avanços apontados pelo ministro é o Programa de Armazenagem com recursos disponíveis na ordem de R$ 5 bilhões e juros máximos de 3,5% ao ano. “Investimos em infraestrutura e logística. A duplicação da BR-163 está em fase de conclusão. Na próxima semana, vamos firmar convênio com a Companhia dos Portos para investimentos privados para estruturação portuária em Miritituba, na ordem de R$ 300 milhões financiados pelo BNDS”.
Sobre a derrota de Dilma no Estado, Neri afirma que a base governista encara a situação com tranquilidade. Avalia que todos fizeram o melhor possível mostrando os avanços promovidos pelo governo federal nos últimos quatro anos. Para o ministro, a derrota no Estado não foi muito significativa, porque a tendência verificada após o primeiro turno, que indicava uma margem de votos muito maior em favor do presidenciável Aécio Neves (PSDB), foi revertida. “A presidente Dilma e o próprio presidente Lula nunca ganharam em Mato Grosso. Olhando a questão conjuntural, conseguimos o objetivo maior que foi vencer a eleição. Agora é olhar para frente e buscar unir o Brasil”.
Em relação à interlocução com o governador eleito Pedro Taques (PDT), Neri ressalta que o pedetista tem condições de fazer uma boa gestão com a contribuição do governo federal para resolver os gargalos na logística e fortalecer a agroindústria no Estado. Além disso, destaca que o Ministério da Agricultura está trabalhando com a perspectiva de abrir novos mercados para proteína animal produzida no Estado. De acordo com o ministro, os senadores Wellington Fagundes e Blairo Maggi, ambos do PR, também se colocaram à disposição para trabalharem alinhados ao pedetista, com objetivo de favorecer os interesses de Mato Grosso. “Estou à disposição, na condição de ministro, para fazer esse elo. Vamos conversar com o governador para ajudá-lo”, garante.
Coordenação
Wellington Fagundes, que coordenou a campanha de Dilma em Mato Grosso, lembra que o trabalho da equipe reduziu a vantagem de Aécio em relação ao primeiro turno e contribuiu para a vitória nacional. Conforme o republicano, a atuação de Neri Geller, de Blairo, dos prefeitos e das lideranças aliadas foram fundamentais para fazer frente ao favoritismo do tucano em Mato Grosso. “A vitória de Dilma foi melhor para o Brasil e melhor para o Estado. Os investimentos em infraestrutura, habitação e logística vão continuar”, conclui.
Fonte: RDnews/foto arquivo MTnoticias.net
O que achou? ... comente