Profissionais da educação reconhecem efetividade de processo seletivo
Profissionais da educação da rede estadual de ensino reconhecem que os critérios do Processo Seletivo Simplificado (PSS) da Secretaria de Estado de Educação foram mais justos para a composição dos quadros nas unidades.Exemplo desse tratamento foi r
Profissionais da educação da rede estadual de ensino reconhecem que os critérios do Processo Seletivo Simplificado (PSS) da Secretaria de Estado de Educação foram mais justos para a composição dos quadros nas unidades.
Exemplo desse tratamento foi relatado pela diretora da Creche Escola Estadual Maria Eunice Duarte de Barros, Maria Benedita Magalhães. A unidade atende 325 crianças entre dois e cinco anos, e com o PSS teve cerca de 40% do quadro de profissionais alterado.
“Nem sempre quem já está na escola é a pessoa ideal para continuar. Tínhamos profissionais com avaliação negativa e que não teriam perfil para continuar. Mas dificilmente ocorriam mudanças, pois o tempo de serviço também era parâmetro de seleção. Então, em geral os contratos eram apenas renovados".
A professora Benedita destaca porém, que também existem pessoas com competência que continuaram em sua lotações. É o caso de Kátia Cristina Lisboa de Araújo, há 17 anos na creche. A pedagoga contou que se assustou por precisar passar por processo seletivo após tanto tempo, mas concorda com a transparência proporcionada no modelo PSS, sendo essa uma necessária transformação na educação. Mas pontua que é preciso avançar em alguns aspectos.
A afirmação da pedagoga é corroborada pelo diretor da Escola Estadual Liceu Cuiabano, Alceu Tretin. O profissional que colaborou com a atribuição de aulas dos profissionais da educação selecionados na capital acredita que a escolha precisa melhorar, mas tem o PSS como um caminho a seguir. "O árduo trabalho dos servidores lotados na Gestão de Pessoas da Seduc, responsáveis pelo PSS, foi recompensando com o resultado justo da seleção".
Amplo acesso
Quem também atesta a eficiência do PSS/2016 é Francislene Rodrigues Santos, que trabalha como assistente social há 18 anos. A profissional teve como última lotação a gerência no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas e já trabalhou na Escola da Polícia Militar, secretarias de Saúde, Assistência Social, Justiça e Direitos Humanos, mas, segundo ela, nunca atuou em escolas estaduais por falta de publicação sobre a contratação.
“Dessa vez, uma colega me avisou sobre o PSS, porém, nem me animei. Mas com o passar dos dias, percebi a procura pelas vagas só crescia e que esse ano o processo estava diferente. Nem sabia por onde começar, tudo era novo, fiquei confusa algumas vezes e pedia ajuda a todo momento para os servidores”, afirmou a assistente social.
Apesar de se inscrever, Francislene Rodrigues não acompanhou a divulgação das listas e foi avisada por outras pessoas que estava em 5º lugar das cinco vagas existentes. No momento da entrevista duas pessoas desistiram e a profissional pode escolher o local de trabalho optando pela creche Maria Eunice.
A partir da aceitação na entrevista, a assistente social se aplicou ainda mais aos estudos da educação infantil, regimento interno e projeto político pedagógico da creche. Na unidade, a profissional irá trabalhar questões sociais que também interferem no ensino e aprendizagem dos alunos, como a violência ou negligência. “Entendo que as pessoas ficaram nervosas por não conhecer o processo mas houve abertura e oportunidade para todos", afirma Francislene.
Agora, a assistente social ela compõe a equipe multiprofissional da creche escola Maria Eunice composta por nutricionista, psicóloga e técnica em enfermagem. Ao todo a unidade conta com 28 professores, e 28 agentes de desenvolvimento infantil (ADI), sendo 14 em cada cargo por período e outros 16 profissionais se revezam nos dois turnos como auxiliares de turmas, nas classes que contam com alunos com deficiência.
Também selecionada pela primeira vez, a paraibana radicada há mais de 20 anos em Cuiabá, Cleonice Rodrigues, é pedagoga e acredita que o processo informatizado é uma forma de demonstrar respeito ao profissional. De acordo com ela, é possível confiar que a contagem de pontos é respeitada no processo seletivo, além de todas as informações que são publicadas.
Cleonice se refere à forma como ocorria a contração dos profissionais nos anos anteriores. A contagem de pontos era realizada nas escolas, onde também aconteciam a validação do processo e a própria unidade divulgava a lista de classificados para a atribuição de aulas, sem que um universo maior de pessoas tivesse acesso às vagas disponíveis por município.
Desta vez, a divulgação do PSS resultou em mais de 70 mil inscrições. Desse total, 53.270 pessoas foram validadas no processo, ou seja, aptas à convocação para os cargos de professores, técnico administrativo educacional (TAE) e apoio administrativo educacional (AAE).
Da Assessoria
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