Ságuas critica PF e diz que operação é direcionada para impedir Lula de ser candidato em 2018
O deputado federal Ságuas Moraes (PT) criticou a pressa da Polícia Federal em deflagrar a Operação Aletheia, e cumprir mandados contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na manhã desta sexta-feira (4). Na avaliação do petista, de form
O deputado federal Ságuas Moraes (PT) criticou a pressa da Polícia Federal em deflagrar a Operação Aletheia, e cumprir mandados contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na manhã desta sexta-feira (4). Na avaliação do petista, de forma ampla, toda a Operação Lava Jato tem como direcionamento atingir o Governo Federal e o ex-presidente.
“A Lava Jato tem um direcionamento claro: desgastar o governo e impedir Lula de disputar eleições. Não estou dizendo que o que está sendo apurado não seja verdade. Mas que as investigações estão direcionadas, elas estão. Há comprovação de diversas irregularidades envolvendo Aecio Neves (PSDB). Por que ele não é investigado?”, disse Ságuas ao Olhar Direto.
Para o deputado, a nomeação de Wellington Silva como ministro da Justiça motivou a deflagração da Operação Aletheia, além do vazamento de depoimento atribuído ao senador Delcidio Amaral (PT-MS) em uma suposta delação premiada. Apesar de tratar a delação do senador petista como rumor sem comprovação, já que foi negada por todas as partes, Ságuas acredita que isso motivou a Polícia Federal.
“Dois fatores influenciaram na operação de hoje: a troca do ministro da Justiça e essa pseudo delação do Delcidio. A Polícia Federal colocou uma tarja preta de luto no brasão quando mudou o ministro. Depois disseram que era porque um policial morreu, mas foi por causa da nomeação do Wellington Silva. Resolveram apressar as coisas porque estão insatisfeitos com a mudança. E com a suposta delação, eles também decidiram apressar a operação para chegar ao Lula. Desde o início da Lava Jato, eles querem chegar ao Lula”, afirmou Ságuas.
O petista defendeu o ex-presidente e afirmou que seus negócios são legítimos. “Ex-presidentes que saem bem avaliados do cargo normalmente fazem palestras, e quem tem dinheiro para bancar isso são grandes empresas que querem entrar em novos mercados, e precisam de algum tipo de lobby. FHC (Fernando Henrique Cardoso) também abriu uma empresa para fazer palestras. Bill Clinton também faz palestras. É normal. Todos os recebimentos da empresa do Lula estão declarados à Receita Federal”, argumentou o parlamentar.
Segundo o deputado de Mato Grosso, os pagamentos feitos por empreiteiras alvo da Lava Jato à empresa LILS Palestras, que pertence a Lula, são em função do fato de elas serem as maiores empresas do país, e não têm relação com qualquer irregularidade. Ele destacou, ainda, que essas empresas têm ligações com grupos políticos da oposição também. “As 20 empresas denunciadas na Lava Jato só não doaram para o PSOL, porque elas doaram também para o PSDB e outros partidos”, disse.
Fonte: OLHAR DIRETO/ Laíse Lucatelli
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