Secretário promete 'cortar na carne' e punir policiais envolvidos em grupo de extermínio
Já passa de 70 o número de inquéritos de homicídios que apontam para a existência de um grupo de extermínio na região de Cuiabá. As vítimas, na maioria das vezes, possuem ficha criminal ou ainda estavam com tornozeleiras eletrônicas. Os executor
Já passa de 70 o número de inquéritos de homicídios que apontam para a existência de um grupo de extermínio na região de Cuiabá. As vítimas, na maioria das vezes, possuem ficha criminal ou ainda estavam com tornozeleiras eletrônicas. Os executores, sempre com máscaras, pistolas e coturnos, chegam em carros com vidros escuros, atiram e fogem.
Parece ser cedo demais para dizer quem são os autores, porém os dois primeiros casos ocorreram em 2013. A Polícia Civil fala em investigação deste então, mas somente nas últimas semanas de 2015 foi criada uma força tarefa com vários delegados para solucionar os inquéritos.
Questionado sobre a possibilidade de haver policiais envolvidos nesses crimes, o secretário de Segurança Pública, Fábio Galindo, garantiu que haverá repressão forte de qualquer jeito, contra quaisquer tipos de criminosos.
“Caso haja participação de policiais serão punidos na tríplice responsabilidade: administrativa, com a perda do cargo; cível, com indenização; e criminal, com prisão e condenação. Iremos cortar na carne se necessário, expulsando um mau policial. Isso significa uma homenagem ao bom policial", frisou Galindo.
A Secretaria de Segurança Pública ainda evita falar na existência de um grupo de extermínio, principalmente pelo estágio ainda inicial das investigações. Galindo explica que é necessária muita investigação até chegar à definição de que há realmente um grupo de extermínio atuando em Cuiabá.
“Vou deixar bem claro: a Secretaria não trabalha com conceito de grupo de extermínio. Estamos fazendo levantamento e cruzamento de nomes e dados de pessoas que morreram. Muito embora a imprensa utilize esse termo para alguns casos desse tipo, é necessário muito trabalho para definir se existe ou não um grupo de extermínio na Grande Cuiabá”, disse.
A investigação desses casos de morte é feita por um grupo específico formado dentro da secretaria, formada principalmente por policiais do Setor de Inteligência.
“Existe uma força tarefa montada entre a Delegacia de Homicídios e Grupo de Inteligência, além da parceria das corregedorias da PM e Civil para aferir se existe a participação de policiais. O Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) também trabalha conosco nessa força-tarefa que faz o diagnóstico de todos os crimes ocorridos durante o ano. É essa força que vai dar para nós a conclusão definitiva e a repressão adequada a esse tipo de conduta”, finalizou o secretário, que também promete estar cuidando de perto da conclusão dos fatos.
Fonte: Hiper Noticias
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