Sem informar polícia, família de RO transporta corpos encontrados em rio no Três Fronteiras
Os corpos de Edimar Fegueredo, de 47 anos, e Venusto Lopes Fegueredo, de 9 anos,desaparecidos desde 2 de março deste ano, podem ter sido encontrados em um rio de Guatá, distrito de Colniza (MT) na última terça-feira (7). Segundo a Polícia Civil, fami
Os corpos de Edimar Fegueredo, de 47 anos, e Venusto Lopes Fegueredo, de 9 anos,desaparecidos desde 2 de março deste ano, podem ter sido encontrados em um rio de Guatá, distrito de Colniza (MT) na última terça-feira (7). Segundo a Polícia Civil, familiares encontraram e levaram dois cadáveres para Machadinho D’Oeste (RO), sem informar autoridades policiais. O delegado Rodrigo Duarte, informou que amostras de DNA serão confrontadas com materiais genéticos de parentes para poder constatar oficialmente se os corpos são de pai e filho.
A esposa e mãe dos desaparecidos, a autônoma Solange Sabino, de 35 anos, preferiu não comentar o translado dos corpos e nem as buscas realizadas pela família. Ela afirma ter certeza de que se tratam do esposo e filho e pede justiça. "São eles. Eu sei. Que seja feita a justiça dos homens e de Deus. As pessoas que fizeram isso com eles tem que pagar pelo crime", lamenta.
De acordo com o delegado, os familiares disseram que realizavam buscas pelos entes desaparecidos e deixavam contato telefônico por onde passavam. Na terça-feira, eles receberam a informação de que dois corpos, sendo um adulto e uma criança, foram encontrados no distrito de Colniza. "Os familiares foram até o local e eles resgataram os corpos do rio e trouxeram para o estado, sem avisar a Polícia Militar ou Civil", disse Duarte, que destacou que a ação da família é prejudicial ao trabalho de investigação do caso.
Duarte disse que somente após trazer os corpos para Rondônia os familiares informaram à polícia e os cadáveres foram encaminhados pela Polícia Civil, na madrugada desta quarta-feira (8), para o Instituto Médico Legal (IML) de Ariquemes (RO), onde passam por exames tanatoscópico para tentar definir a causa da morte.
Conforme o delegado, para a polícia os corpos ainda são tratados como indigentes, uma vez que, devido o avançado estado de decomposição, não possuem elementos decisivos de que se tratam do pai e filho desaparecidos de Cujubim. "Vamos esperar o resultado do exame de DNA para identificar oficialmente os corpos", comenta Rodrigo.
Investigação
O delegado Rodrigo Duarte disse que no momento não é possível traçar nenhuma linha de investigação sobre o que teria ocorrido com as vítimas, mas informou que espera o resultado de exame de DNA para identificar os corpos, e também o laudo da causa da morte para dar seguimento nas investigações. "Esses dois fatores devem ser apurados primeiro para podermos nortear as investigações, identificar e prender os possíveis suspeitos do suposto crime se houve realmente crime. Ainda não sabemos o que realmente ocorreu com eles", explica.
O caso
Solange conta que a família mora em Machadinho, mas Edimar tem um sítio em Cujubim e visitava o município com frequência. Segundo a mulher, pai e filho foram vistos na cidade na noite do dia 1º de março. Eles desapareceram no veículo da família, uma caminhonete de cor preta. Ela disse ainda que um irmão de Edimar, que tem uma propriedade próxima, viu a casa do sitio aberta, mas não encontrou ninguém. A Polícia Civil informou que ainda não tem pistas do paradeiro da caminhonete.
Fonte: Franciele/G1
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