Vice-líder de Temer, Medeiros deixa cargo e crê em renúncia após áudio
Conforme site do jornal O Globo, os donos da JBS Joesley e Wesley Batista, em delação premiada, entregaram áudio contendo conversas comprometedoras de Temer
O vice-líder do presidente da República Michel Temer (PMDB) no Senado, José Medeiros (PSD), aguarda a divulgação do áudio envolvendo o peemedebista para deixar o cargo. “Estamos esperando justamente as provas para tomar a decisão, em se confirmando a delação, ficará insustentável”, afirma o social-democrata ao RD NEWS.
Conforme site do jornal O Globo, os donos da JBS Joesley e Wesley Batista, em delação premiada, entregaram áudio contendo conversas comprometedoras de Temer. No material, o peemedebista teria solicitado a Joesley manter pagamento de propina ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso, para comprar o silêncio do ex-parlamentar. “Tem que manter isso, viu” teria dito Temer.
Conforme Medeiros, a notícia foi a “mãe” de todas as bombas em cima do governo. Acredita ser difícil Temer manter-se no cargo, caso as denúncias sejam confirmadas. “A gente sente que a pancada foi grande. Está todo mundo num clima de compasso de espera, acreditamos que seja verdade (áudio)”, pontua.
O senador, que tinha agenda no Estado, cancelou para manter-se em seguidas reuniões. Um delas é com os 10 colegas que votaram a favor de Medeiros na eleição à presidência do Senado. “É incumbência dos senadores acharem uma saída para essa situação, antes que a população tome às rédeas”, sustenta.
Questionado sobre o posicionamento de novas eleições ou eleição indireta, caso Temer renuncie, Medeiros pontua que é preciso respeitar a Constituição que determina eleições indiretas. Entretanto, não descarta que seja apresentada uma PEC que propõe eleições diretas. “O senado pode muito bem travar aqui um debate sobre essa PEC que tramitará de forma rápida”, avalia.
Na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal já há uma proposta nesse sentido, de autoria do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ). A PEC, que se encontra travada na Comissão, poderá ganhar fôlego e voltar a ser debatida na próxima semana.
Edição: Tarso Nunes
Fonte: RD News
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